Uma visão da Astrologia sobre o mapa astral de Michael


''Analisando o mapa natal de Michael Jackson (29/ 08/ 1958 - 12:09 - Gary / USA + 5) o que chama atenção é seu Ascendente Escorpião formando um grande quadrado com o resto do mapa. Virginiano pelo dia do nascimento, Plutão, regente de seu ascendente está em conjunção com seu Sol - isso lhe dava uma tendência intensa pela autotransformação.

Esse regente do ascendente o levou a algumas cirurgias plásticas - modificações externas para acompanhar seu ideal de perfeição (como todo virginiano) até atingir uma quase obsessão pela perfeita imagem que tivesse de si mesmo. Vênus em Leão e Sol na casa X asseguraram a facilidade de se expor em público e de ser um artista convivendo no palco e mostrando sua imagem sempre.

A conjunção de planetas na casa X assegurou a ele as portas da fama e possibilidades de ser aplaudido em muitas apresentações e criações artísticas. Mas a forma sempre o obcecou. Ter uma imagem perfeita pode ter sido uma busca constante, mas a Arte que expressou independente disso atingiu em massa o público com quem conviveu. Ninguém realmente se importava com o que pudesse mudar nele, mas sim no que suas músicas traziam de inovador e sensacional nos passos e trejeitos apresentados.

Se houvesse uma homossexualidade, ela seria aceita e ninguém se importaria com a forma tanto quanto ele, mas com o resultado de suas criações. Quantos não dançaram e imitaram seus passos, sem se preocupar em ter uma figura exatamente igual à dele? Sósias apareceram mais depois de sua morte, pois a imagem então apagada para sempre só na lembrança aconteceria de real.

Para Michael, a busca da transformação o levou ao extremo em si mesmo. Marte em Touro na casa VII do mapa denota uma turbulência em suas relações - provavelmente era difícil discutir algo com ele sem que se partisse para irritações e ataques pessoais. Mercúrio em Leão retrógrado também o tornava pouco explícito em suas idéias: o que acreditava ser melhor era quase imposto pela força, sem explicações.

Nessa solidão de relações, uma pessoa sensível como ele, com a Lua em Peixes, só teria para si a solidão de suas idéias e poucos companheiros leais aliados ao que buscava implantar. Com isso, a forma da expressão pessoal poderia parecer a ele uma maneira de atingir a todos com sua imagem.

E justamente a imagem é que faz falta agora, pois após sua morte, olhando seus vídeos, percebemos o quanto foi genial, criador de passos inusitados, e mestre de cenas ecológicas surpreendentes para um mundo que acorda agora para essa realidades.

Michael foi um artista de nossa época - que prioriza a imagem antes de tudo, independente do clima que há dentro da personalidade.

Plutão junto ao Sol provavelmente deu-lhe a força imaginária de que poderia arcar com tudo que imaginasse, mas a vida tem suas regras e um corpo finito não pode impedir os limites de sua sobrevivência. Em busca de uma imagem perfeita, Michael nos deixou, mas mesmo assim com suas músicas e irreverências artísticas, deixou mais conteúdo do que imaginava poder alcançar.

Há uma perpetuação maior em sua dança e coreografia, aliadas à sua música, que serão eternas e lembradas com saudade por um público que não se importava se ele fosse negro e feio (como ele se achava) pois em qualquer época, o que atingiu a todos foi a força de sua emoção nas músicas que cantava.

Nisso, a sua Lua em Peixes foi seu maior legado e sua sensibilidade pode ser reverenciada por todos postumamente como alguém que se identificou com o sofrimento alheio e tentou construir um mundo melhor por onde passou.

Mudando ou não sua imagem, Michael tentou mudar a imagem do mundo em que viveu, com filhos loiros, inseminação artificial, idéias ecológicas e humanitárias e o despertar de que Somos todos um.''

Ana L. Vieira Santos (astróloga)

Fonte: http://somostodosum.ig.com