A literatura de Michael Jackson (04)


''... E a terceira coisa é que Michael era um leitor voraz. Eu conhecia Michael, mas eu comecei a conhecê-lo muito melhor no julgamento. O juiz estava fazendo a escolha do júri e era hora do intervalo.

O Juiz Melville disse: ''Senhoras e senhores, eu quero que vocês saibam que o serviço de júri é muito, muito importante."

Ele estava tentando convencer as pessoas a não ter desculpas idiotas para sair do serviço de júri. Todos os juízes fazem isso.

Ele disse: "O sistema de júri é um sistema honrado há muito tempo. Tem sido assim cerca de 200 anos. Vamos fazer uma pausa e voltar em 15 minutos.''

Nos levantamos e, quando o juiz se afastou, Michael se virou para mim e disse:

"Bob, o sistema de júri é muito mais antigo do que 200 anos, não é?"

Eu disse: 'Bem, sim, ele remonta aos gregos.''

Ele disse: ' Oh sim, Sócrates teve um julgamento com júri, não foi?"

Eu disse: ''Sim, bem, você sabe como se viraram contra ele.''

Michael disse: ''Sim, ele teve que beber a cicuta.''

Isso é apenas um pequeno detalhe. Nós conversávamos sobre Psicologia, Freud e Jung, Hawthorne, Sociologia, História dos Negros e a Sociologia que lida com questões raciais. Mas ele era muito bem versado nos clássicos da Psicologia, História e Literatura.

Ele gostava de ler. Ele tinha mais de 10.000 livros em sua casa. E havia lugares onde ele gostava de se sentar, e você poderia ver os livros com seus marcadores nos mesmos, com notas e tudo, onde ele gostava de se sentar e ler.

Uma amostra dos livros da biblioteca de Michael


E posso lhe dizer por eu falar com ele - especialmente para alguém que era autodidata, por assim dizer - ele tinha a sua própria lista de leitura.

E eu não quero dizer que eu sou um leitor voraz, mas eu certamente leio muito - vamos colocar dessa maneira - e eu gosto de Filosofia e História e tudo por mim mesmo, e era muito bom de conversar com Michael, porque ele era muito intelectual, e ele gostava de falar sobre essas coisas.

Mas ele não ostentava, e era muito raro que ele iniciasse uma conversa desse tipo, mas se você entrasse em uma conversa assim com ele, ele estava lá.

A última vez que falei com ele foi logo depois do julgamento e, em seguida, ele se mudou do país. Eu não o tinha visto pessoalmente - eu falei com ele no telefone. Claro, eu conversava com as pessoas ao seu redor, porque eu ainda cuidava de assuntos por ele.

Mas o melhor que posso dizer e eu não quero exagerar a minha importância no mundo dele, mas eu quero transmitir esse lado dele que as pessoas não veem.

Poucas pessoas tiveram a oportunidade de realmente experimentar a bondade dele e de sua família. E poucas pessoas realmente tiveram a oportunidade de ter essas discussões intelectuais sobre grandes pensadores e escritores.

Freud e Jung - saia para a rua e tente encontrar cinco pessoas que possam falar sobre Freud e Jung.''

Bob Sanger (ex-advogado de Michael Jackson)

Leia também
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A Literatura de Michael Jackson (03)

Fontes: 
Imagens do meu arquivo
http://rhythmofthetide.com