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| Sarah Nakasone, Michael, Jon Trafton |
Uma história registrada no diário pessoal de Jon Trafton em 13 de Maio de 1999
''Eu jantei com Michael Jackson na noite de quinta-feira. (29 de abril). A ex-namorada do meu pai, Sarah Nakasone, trabalha como executiva para uma loja de brinquedos conhecida nacionalmente.
Michael Jackson gosta realmente das crianças e de brinquedos, como todos sabemos, e ele tem estado interessado em trabalhar com [loja de brinquedos] por um longo tempo. O pai de Sarah se reuniu com ele outras duas vezes para ouvir suas ideias.
Ele veio para a casa de Sarah em New Jersey. Éramos em nove. Michael Jackson veio com dois gerentes de negócios e um de seus filhos. Em seguida, estavam os pais de Sarah, um outro executivo [das loja de brinquedos] e eu.
Deixe-me começar com a sua entrada. Eu fiquei imaginando este momento desde que os pais de Sarah nos convidaram para este jantar. Eu o imaginava chegar deslizando o moonwalk em cada uma de suas etapas, então ele estenderia seu casaco para seu assistente, e desapareceria em uma cortina de fumaça.
Não foi bem assim que aconteceu. Estávamos ocupados preparando o jantar e aguardando um telefonema de sua equipe de segurança, a qual estava em um veículo separado avançando na rota. Recebemos o telefonema que eles estariam chegando em dez minutos e que a van de Michael chegaria em cinco minutos, logo atrás.
A porta da frente era uma porta de madeira pesada com uma pequena janela de vidro, para que você pudesse ver ao redor. Conforme a primeira van parou, nós sorrateiramente a olhamos pela janela.
Era a sua equipe de segurança saindo e examinando os arredores. Eu estava dizendo a mim mesmo que eu só pude acreditar ao vê-los, e ficou claro que eu estava prestes a ver Michael Jackson de verdade.
Até o momento eu tinha ajudado na cozinha, mexendo o risoto que eu estava preparando. Cerca de 30 minutos antes, eu estava remexendo em alguns potes de sal ou algo assim e esqueci completamente que eu deixei a porta do armário aberta.
Mais tarde, eu olhei para cima e de repente minha testa encontrou o canto da porta. Foi um impacto chocante que criou um vergão grande com um centro sangrento.Eu podia sentir um ovo gigante na minha testa, como um terceiro olho.
Eu estava esperando que esta lesão estivesse pior do que parecia, mas uma rápida olhada no espelho provou o contrário. Não havia algo que eu pudesse fazer neste momento.
O alarme avisou que um veículo havia entrado na garagem. Corremos para a porta, olhando pela janelinha. O momento certamente tinha chegado. Uma van conversível preta adaptada como um tipo de limusine chegou até a calçada e parecia bastante fortificada.
A van estacionou, o Sr. Nakasone abriu a porta da frente da casa e eu pude perceber alguns vultos. Então, lá estava ele, dando um passo para fora da van e caminhando em direção à casa.
O que se seguiu foi mais surreal: Buddy, o grande, barulhento e amigável cão labrador não pôde conter a emoção para receber os novos hóspedes. Quando a porta abriu, ele avançou ao limiar enquanto a Sra. Nakasone e demais tentaram impedi-lo de saltar para cima de todos.
Nenhum de nós sabia que MJ tem medo de cães. Na primeira vista, eu o vi dar um salto para trás e para fora da porta e para sua direita, logo atrás de uma cerca.
Quando ele finalmente chegou e o cão ainda não havia sido detido, ele apoiou-se contra a parede e se esgueirou pelo hall de entrada circular, seguido de perto por um camarada muito curioso (o cão), que estava tentando conhecer esse cara através do seu cheiro.
Eu pensei que Michael estava tentando se esconder por uma timidez paralisante, até que ele falou sobre Buddy....: ''Ele quase me deu um ataque cardíaco. Eu tenho pavor de cães.''
"É Buddy?'' Essa coisa toda aconteceu tão rápido, então retiramos Buddy de lá e as coisas se acalmaram.
É difícil descrever a sensação de estar ao lado de Michael Jackson. Quero dizer, nós não estamos falando de um ser humano corriqueiro aqui. Ele estava vestido de preto com uma faixa vermelha em torno de seu bíceps direito.
Ele estava usando óculos de sol totalmente opacos, calças altas com meias brancas e sapatos. Eu notei que ele tinha mãos enormes. A primeira coisa que ele me disse foi.. "ai!!", se referindo à minha testa. Ah, sim, isso. Eu tinha quase esquecido.
Depois das apresentações, ele se soltou e relaxou, enquanto todos nós bebemos algo e conversamos por por cerca de meia hora. Imagine eu e Michael sentado em um sofá, lado a lado, conversando sobre música, composições, desempenho, etc etc. Foi tão surreal.
Ele parecia muito feliz de falar a alguém sobre a música e todo o processo criativo (Sim, e enquanto isso eu tinha escrito cerca de 15 músicas na minha vida).
Nós lhe fizemos todos os tipos de perguntas e ele também nos fez todos os tipos de perguntas. Ele nos contou sobre seu novo disco no qual ele vem trabalhando há um ano e seus planos para o Milênio. Ele disse que estava planejando algo para dois continentes, o que significa que testemunharemos em breve.
Eu pensei que era engraçado que em (nossa localidade) Burlington todos falavam sobre nossos heróis locais (a banda de rock local) Phish e o que eles vão fazer na virada do século. De repente, parecia pequeno.
Aqui está uma das figuras mais famosas do século XX discutindo seus planos para o grande evento. Ele me perguntou tudo sobre (a minha banda) Strangefolk. Foi ótimo ouvi-lo dizendo Strangefolk para si mesmo, depois que eu disse a ele o nosso nome.
Quando é que imaginei que eu estaria dizendo a Michael Jackson como a minha banda se chamava? Ele também me perguntou o que eu tocava, e quando eu disse lhe disse ''guitarra'', ele perguntou se eu tocava acústica ou elétrica.
Eu achei interessante ele fazer a distinção e perguntar. Eu me pergunto se ele pegou a insinuação "folk" no nome da banda. Nós conversamos sobre muitos tópicos: sermos do tipo ''noturnos'', compondo as melhores músicas no meio da noite, a arte da improvisação, como a inspiração chega, e muitas outras coisas.
Ele ficou impressionado que nós fazíamos nossas próprias composições, como uma banda de jazz. Ele só poderia relacionar com gráficos, especificamente. Claro, ele estava esquecido que há uma cena musical dedicada à abordagem de improvisação.
Eu estava totalmente impressionado que ele parecia tão interessado em estar lá e falar com todos nós. Claro, ele é um profissional global - ele esteve (nas paredes) dos quartos das pessoas. Ele realmente queria estar lá - para falar com o pai de Sarah - então eu acho que não era como se ele estivesse respondendo a perguntas da mídia.
Quando estávamos prestes a ir para a sala para jantar, ele se virou para mim abruptamente e perguntou se eu tinha visto (o filme) Matrix. Eu tinha e disse-lhe que gostava. Ele disse que iria guardar a minha recomendação. (Esse sou eu, sempre dando bons conselhos às estrelas... )
Acrescentei que a atuação de Keanu Reeves estava firme como sempre, o que foi recebido com um olhar vazio. Mais tarde, Sarah e eu perguntamos se ele gostaria de ver o filme naquela noite. É claro que isso implicaria alugar um cinema inteiro e quem sabe o que mais. Ele disse que adoraria, mas teria sessões iniciais na cidade.
Então nós jantamos. Tivemos salmão, risoto, feijão verde e salada. Cara, eu não posso acreditar que a Sra. Nakasone pôde lidar com a pressão de preparar o jantar para o Rei do Pop.
À medida em que os pratos de comida se alinharam no estilo buffet, ele se inclinou para mim e me disse para ir primeiro, porque ele não tinha certeza do que fazer. Era incrível ver como ele é como uma criança. Ele deixou o garfo cair no chão uma vez e apenas riu.
Ele comeu tudo, porém, e experimentou o risoto. Ele comeu a salada com os dedos. Ele conseguiu beber dois copos de vinho sem problemas. Eu estava esperando que ele começasse a cantar e dançar, mas o mais próximo que chegamos foi ele imitando seus elefantes em Neverland agitando os troncos, quando ele se aproximava para alimentá-los. Mesmo fazendo isso, Michael Jackson o fez com graciosidade.
A conversa do jantar estava interessante, porém um pouco confusa devido ao formato 'perguntas e respostas'. Lhe perguntaram sobre seus artistas preferidos. Ele disse que Sammy Davis Jr. era um de seus favoritos.
As outras respostas foram dadas pelo seu gerente. Eu sei que James Brown era um, mas eu esqueci o resto. Ele lamentou que não há mais artistas como na velha escola.
Ele falou sobre viver ao lado de Fred Astaire e de vê-lo todos os dias quando ele era jovem, ao se mudar para Beverly Hills. Ele disse que era um amigo muito especial e que fizeram um monte de TV juntos, nos primeiros dias. Ele disse que Fred Astaire lhe falou que ele seria uma grande estrela e ele riu timidamente.
Nós tocamos no assunto dos Beatles e achei que era interessante que ele não sabia o nome de Here Comes the Sun, mas ele mencionou a canção como uma favorita.
Ele também nos disse sobre estar no Jackson 5 em Las Vegas, onde você não pode ir a lugar algum, a menos que tenha 18 anos. Ele disse que era um prisioneiro em seus quartos de hotel e que odiava essa parte.
Por causa disso, ele disse, ele sonhou com todas as ideias que você vê em Las Vegas hoje - as montanhas-russas, o espaço familiar - ele alegou que foi o arquiteto de todas essas ideias, que pessoas o levaram para Las Vegas para realizar consultas sobre suas ideias, e que Vegas é a maneira que é hoje, por causa dele.
Nós conversamos sobre a Victory Tour, porque foi quando o Sr. Nakasone levou a irmã mais velha de Sarah para vê-lo pela primeira vez. Ele falou sobre como o palco era o único lugar confortável para ele. Ele falou sobre como era se apresentar e como ele viu milhares de jovens tendo a mesma reação com a mesma música, em todo o mundo.
Ele disse: "Todos eles gritam nos mesmos momentos, todos eles riem nos mesmos momentos, e eles fazem onda com seus braços, nos mesmos momentos."
Você ouve falar sobre como o amor e a música são linguagens universais, mas ouvir isso vindo de MJ tem um peso especial. Ele poderia falar sobre a música, mas ele estava muito decidido a ouvir como as pessoas na sala encontravam seus outros significativos. Ele parecia fascinado pelos pequenos detalhes.
Em algum momento depois, ele rapidamente olhou para o pulso como se olhando para o relógio. Em um instante, seu pessoal pulou. Era hora de embrulhar o jantar e falar de negócios.
Depois do jantar, o gerente perguntou se eu tinha um CD do Strangefolk à mão que eu pudesse dar a MJ, explicando que ele ama conferir o que os jovens músicos fazem nesses dias. Claro, eu não tinha um CD. Eu lhe disse que iria olhar no meu carro e já voltava.
MJ e Sr. Nakasone estavam por trás de portas fechadas falando de negócios com Sarah e eu voei para a Tower Records e vasculhei as prateleiras, à procura do meu CD. Perfeito, encontrei Weightless in Water. Foi a única ocasião em que eu já comprei um dos meus próprios CDs.
Eu estava pensando que o funcionário provavelmente pensaria que era estranho eu estar comprando o meu próprio CD, se ele soubesse que eu estava na banda Strangefolk, mas duvido que ele teria ficado muito impressionado. Mas teria sido sacudido se ele soubesse que Michael Jackson estava a alguns quarteirões dali e que o estava comprando para ele.
De volta à casa, apresentei o CD para Michael. A única vez em toda a noite em que eu realmente vi seus olhos foi quando ele baixou os óculos para ler o encarte. Ele parecia genuinamente interessado. Ele até tirou o CD da caixa e riu por causa da foto de Erik que colocamos lá, puramente para o valor de quadrinhos.
Ele me pediu para autografar. Eu ri, mas ele estava falando sério. Eu nunca estive mais envergonhado na minha vida. Uma coisa que eu chamaria de arrependimento foi não lhe pedir um autógrafo, mas eu pensei que seria mais sensato não fazê-lo. Tenho certeza que ele não teria se importado.
Na saída, tiramos algumas fotos. Houve uma dificuldade técnica com uma câmera que ele era o único capaz de corrigir. Nós trocamos algumas palavras de despedida, ele fez o seu caminho para a van, acenou e desapareceu. Três guarda-costas o seguiram em uma van, noite adentro.
No dia seguinte, percebemos que os jardins de flores sob as janelas com vista para a sala de jantar tinha sido pisoteados e estava cheio de pontas de cigarro. Mimos. Os guarda-costas estavam nos cuidando durante o nosso jantar, prontos para defender Michael contra qualquer pessoa. As coisas que eles devem ter visto ao longo dos anos.
Algumas semanas após o jantar, algumas fotografias chegaram pelo correio. Eu mantive uma delas em uma gaveta por todos esses anos, ocasionalmente, enviando uma cópia para chocar um amigo. Aqui está a minha imagem daquela noite.
Não é a melhor foto que eu já tirei, mas o galo na minha testa tinha crescido o suficiente pelo tempo que ficou para esta pose. Eu acho que eu estava no meio de dizer alguma coisa, porque estávamos tendo problemas de câmera e eu não tinha ideia de quando a pessoa estava prestes a clicar.
Por causa disso, ficamos lá naquela pose, fazendo piadinhas. Michael parecia totalmente em casa e manteve a pose perfeitamente o tempo todo.
Olhando para as imagens mais tarde, ele apareceu exatamente o mesmo em cada fotografia. Obviamente, ele sabia exatamente como controlar este aspecto muito bem. Foi uma noite especial e eu sou muito grato por ter esta imagem como uma lembrança.''
Jon Trafton
Jon Trafton é o guitarrista e vocalista da banda de rock Strangefolk. No início de 2005, a banda foi forçada a fazer uma pausa quando Jon foi diagnosticado com câncer. Após quase um ano de tratamento e apoio esmagador de sua família, amigos, companheiros de banda e os fãs, Jon Trafton está livre do câncer e Strangefolk começou a tocar em uma base mais regular em 2006.
Robert C. Nakasone atuou como executivo da Toys R Us, Inc., uma cadeia de lojas de varejo, de 1998 a 1999 e em outras posições na empresa de 1985 a 1998.
Fonte: http://boards.mjjunderground.com
A van estacionou, o Sr. Nakasone abriu a porta da frente da casa e eu pude perceber alguns vultos. Então, lá estava ele, dando um passo para fora da van e caminhando em direção à casa.
O que se seguiu foi mais surreal: Buddy, o grande, barulhento e amigável cão labrador não pôde conter a emoção para receber os novos hóspedes. Quando a porta abriu, ele avançou ao limiar enquanto a Sra. Nakasone e demais tentaram impedi-lo de saltar para cima de todos.
Nenhum de nós sabia que MJ tem medo de cães. Na primeira vista, eu o vi dar um salto para trás e para fora da porta e para sua direita, logo atrás de uma cerca.
Quando ele finalmente chegou e o cão ainda não havia sido detido, ele apoiou-se contra a parede e se esgueirou pelo hall de entrada circular, seguido de perto por um camarada muito curioso (o cão), que estava tentando conhecer esse cara através do seu cheiro.
Eu pensei que Michael estava tentando se esconder por uma timidez paralisante, até que ele falou sobre Buddy....: ''Ele quase me deu um ataque cardíaco. Eu tenho pavor de cães.''
"É Buddy?'' Essa coisa toda aconteceu tão rápido, então retiramos Buddy de lá e as coisas se acalmaram.
É difícil descrever a sensação de estar ao lado de Michael Jackson. Quero dizer, nós não estamos falando de um ser humano corriqueiro aqui. Ele estava vestido de preto com uma faixa vermelha em torno de seu bíceps direito.
Ele estava usando óculos de sol totalmente opacos, calças altas com meias brancas e sapatos. Eu notei que ele tinha mãos enormes. A primeira coisa que ele me disse foi.. "ai!!", se referindo à minha testa. Ah, sim, isso. Eu tinha quase esquecido.
Depois das apresentações, ele se soltou e relaxou, enquanto todos nós bebemos algo e conversamos por por cerca de meia hora. Imagine eu e Michael sentado em um sofá, lado a lado, conversando sobre música, composições, desempenho, etc etc. Foi tão surreal.
Ele parecia muito feliz de falar a alguém sobre a música e todo o processo criativo (Sim, e enquanto isso eu tinha escrito cerca de 15 músicas na minha vida).
Nós lhe fizemos todos os tipos de perguntas e ele também nos fez todos os tipos de perguntas. Ele nos contou sobre seu novo disco no qual ele vem trabalhando há um ano e seus planos para o Milênio. Ele disse que estava planejando algo para dois continentes, o que significa que testemunharemos em breve.
Eu pensei que era engraçado que em (nossa localidade) Burlington todos falavam sobre nossos heróis locais (a banda de rock local) Phish e o que eles vão fazer na virada do século. De repente, parecia pequeno.
Aqui está uma das figuras mais famosas do século XX discutindo seus planos para o grande evento. Ele me perguntou tudo sobre (a minha banda) Strangefolk. Foi ótimo ouvi-lo dizendo Strangefolk para si mesmo, depois que eu disse a ele o nosso nome.
Quando é que imaginei que eu estaria dizendo a Michael Jackson como a minha banda se chamava? Ele também me perguntou o que eu tocava, e quando eu disse lhe disse ''guitarra'', ele perguntou se eu tocava acústica ou elétrica.
Eu achei interessante ele fazer a distinção e perguntar. Eu me pergunto se ele pegou a insinuação "folk" no nome da banda. Nós conversamos sobre muitos tópicos: sermos do tipo ''noturnos'', compondo as melhores músicas no meio da noite, a arte da improvisação, como a inspiração chega, e muitas outras coisas.
Ele ficou impressionado que nós fazíamos nossas próprias composições, como uma banda de jazz. Ele só poderia relacionar com gráficos, especificamente. Claro, ele estava esquecido que há uma cena musical dedicada à abordagem de improvisação.
Eu estava totalmente impressionado que ele parecia tão interessado em estar lá e falar com todos nós. Claro, ele é um profissional global - ele esteve (nas paredes) dos quartos das pessoas. Ele realmente queria estar lá - para falar com o pai de Sarah - então eu acho que não era como se ele estivesse respondendo a perguntas da mídia.
Quando estávamos prestes a ir para a sala para jantar, ele se virou para mim abruptamente e perguntou se eu tinha visto (o filme) Matrix. Eu tinha e disse-lhe que gostava. Ele disse que iria guardar a minha recomendação. (Esse sou eu, sempre dando bons conselhos às estrelas... )
Acrescentei que a atuação de Keanu Reeves estava firme como sempre, o que foi recebido com um olhar vazio. Mais tarde, Sarah e eu perguntamos se ele gostaria de ver o filme naquela noite. É claro que isso implicaria alugar um cinema inteiro e quem sabe o que mais. Ele disse que adoraria, mas teria sessões iniciais na cidade.
Então nós jantamos. Tivemos salmão, risoto, feijão verde e salada. Cara, eu não posso acreditar que a Sra. Nakasone pôde lidar com a pressão de preparar o jantar para o Rei do Pop.
À medida em que os pratos de comida se alinharam no estilo buffet, ele se inclinou para mim e me disse para ir primeiro, porque ele não tinha certeza do que fazer. Era incrível ver como ele é como uma criança. Ele deixou o garfo cair no chão uma vez e apenas riu.
Ele comeu tudo, porém, e experimentou o risoto. Ele comeu a salada com os dedos. Ele conseguiu beber dois copos de vinho sem problemas. Eu estava esperando que ele começasse a cantar e dançar, mas o mais próximo que chegamos foi ele imitando seus elefantes em Neverland agitando os troncos, quando ele se aproximava para alimentá-los. Mesmo fazendo isso, Michael Jackson o fez com graciosidade.
A conversa do jantar estava interessante, porém um pouco confusa devido ao formato 'perguntas e respostas'. Lhe perguntaram sobre seus artistas preferidos. Ele disse que Sammy Davis Jr. era um de seus favoritos.
As outras respostas foram dadas pelo seu gerente. Eu sei que James Brown era um, mas eu esqueci o resto. Ele lamentou que não há mais artistas como na velha escola.
Ele falou sobre viver ao lado de Fred Astaire e de vê-lo todos os dias quando ele era jovem, ao se mudar para Beverly Hills. Ele disse que era um amigo muito especial e que fizeram um monte de TV juntos, nos primeiros dias. Ele disse que Fred Astaire lhe falou que ele seria uma grande estrela e ele riu timidamente.
Nós tocamos no assunto dos Beatles e achei que era interessante que ele não sabia o nome de Here Comes the Sun, mas ele mencionou a canção como uma favorita.
Ele também nos disse sobre estar no Jackson 5 em Las Vegas, onde você não pode ir a lugar algum, a menos que tenha 18 anos. Ele disse que era um prisioneiro em seus quartos de hotel e que odiava essa parte.
Por causa disso, ele disse, ele sonhou com todas as ideias que você vê em Las Vegas hoje - as montanhas-russas, o espaço familiar - ele alegou que foi o arquiteto de todas essas ideias, que pessoas o levaram para Las Vegas para realizar consultas sobre suas ideias, e que Vegas é a maneira que é hoje, por causa dele.
Nós conversamos sobre a Victory Tour, porque foi quando o Sr. Nakasone levou a irmã mais velha de Sarah para vê-lo pela primeira vez. Ele falou sobre como o palco era o único lugar confortável para ele. Ele falou sobre como era se apresentar e como ele viu milhares de jovens tendo a mesma reação com a mesma música, em todo o mundo.
Ele disse: "Todos eles gritam nos mesmos momentos, todos eles riem nos mesmos momentos, e eles fazem onda com seus braços, nos mesmos momentos."
Você ouve falar sobre como o amor e a música são linguagens universais, mas ouvir isso vindo de MJ tem um peso especial. Ele poderia falar sobre a música, mas ele estava muito decidido a ouvir como as pessoas na sala encontravam seus outros significativos. Ele parecia fascinado pelos pequenos detalhes.
Em algum momento depois, ele rapidamente olhou para o pulso como se olhando para o relógio. Em um instante, seu pessoal pulou. Era hora de embrulhar o jantar e falar de negócios.
Depois do jantar, o gerente perguntou se eu tinha um CD do Strangefolk à mão que eu pudesse dar a MJ, explicando que ele ama conferir o que os jovens músicos fazem nesses dias. Claro, eu não tinha um CD. Eu lhe disse que iria olhar no meu carro e já voltava.
MJ e Sr. Nakasone estavam por trás de portas fechadas falando de negócios com Sarah e eu voei para a Tower Records e vasculhei as prateleiras, à procura do meu CD. Perfeito, encontrei Weightless in Water. Foi a única ocasião em que eu já comprei um dos meus próprios CDs.
Eu estava pensando que o funcionário provavelmente pensaria que era estranho eu estar comprando o meu próprio CD, se ele soubesse que eu estava na banda Strangefolk, mas duvido que ele teria ficado muito impressionado. Mas teria sido sacudido se ele soubesse que Michael Jackson estava a alguns quarteirões dali e que o estava comprando para ele.
De volta à casa, apresentei o CD para Michael. A única vez em toda a noite em que eu realmente vi seus olhos foi quando ele baixou os óculos para ler o encarte. Ele parecia genuinamente interessado. Ele até tirou o CD da caixa e riu por causa da foto de Erik que colocamos lá, puramente para o valor de quadrinhos.
Ele me pediu para autografar. Eu ri, mas ele estava falando sério. Eu nunca estive mais envergonhado na minha vida. Uma coisa que eu chamaria de arrependimento foi não lhe pedir um autógrafo, mas eu pensei que seria mais sensato não fazê-lo. Tenho certeza que ele não teria se importado.
Na saída, tiramos algumas fotos. Houve uma dificuldade técnica com uma câmera que ele era o único capaz de corrigir. Nós trocamos algumas palavras de despedida, ele fez o seu caminho para a van, acenou e desapareceu. Três guarda-costas o seguiram em uma van, noite adentro.
No dia seguinte, percebemos que os jardins de flores sob as janelas com vista para a sala de jantar tinha sido pisoteados e estava cheio de pontas de cigarro. Mimos. Os guarda-costas estavam nos cuidando durante o nosso jantar, prontos para defender Michael contra qualquer pessoa. As coisas que eles devem ter visto ao longo dos anos.
Algumas semanas após o jantar, algumas fotografias chegaram pelo correio. Eu mantive uma delas em uma gaveta por todos esses anos, ocasionalmente, enviando uma cópia para chocar um amigo. Aqui está a minha imagem daquela noite.
Não é a melhor foto que eu já tirei, mas o galo na minha testa tinha crescido o suficiente pelo tempo que ficou para esta pose. Eu acho que eu estava no meio de dizer alguma coisa, porque estávamos tendo problemas de câmera e eu não tinha ideia de quando a pessoa estava prestes a clicar.
Por causa disso, ficamos lá naquela pose, fazendo piadinhas. Michael parecia totalmente em casa e manteve a pose perfeitamente o tempo todo.
Olhando para as imagens mais tarde, ele apareceu exatamente o mesmo em cada fotografia. Obviamente, ele sabia exatamente como controlar este aspecto muito bem. Foi uma noite especial e eu sou muito grato por ter esta imagem como uma lembrança.''
Jon Trafton
Jon Trafton é o guitarrista e vocalista da banda de rock Strangefolk. No início de 2005, a banda foi forçada a fazer uma pausa quando Jon foi diagnosticado com câncer. Após quase um ano de tratamento e apoio esmagador de sua família, amigos, companheiros de banda e os fãs, Jon Trafton está livre do câncer e Strangefolk começou a tocar em uma base mais regular em 2006.
Robert C. Nakasone atuou como executivo da Toys R Us, Inc., uma cadeia de lojas de varejo, de 1998 a 1999 e em outras posições na empresa de 1985 a 1998.
Fonte: http://boards.mjjunderground.com
