O mito da câmara hiperbárica


No dia 16 de setembro de 1986, a edição do tabloide ''National Enquirer'' publicou na capa uma foto de Michael Jackson em uma câmara hiperbárica. Desde então se iniciou uma lenda, os boatos diziam que ele teria comprado uma câmara hiperbárica com o objetivo de prolongar sua vida até os 150 anos.

Michael viu pela primeira vez a câmara hiperbárica quando sofreu queimaduras em um comercial que fez para a Pepsi. A referida câmara serve para ajudar na recuperação de vítimas de queimaduras graves, embolias e intoxicação por monóxido de carbono. 

Nas imagens abaixo, Michael aparece em duas visitas distintas ao hospital. Também aparecem o Dr. Steven Hoefflin [médico que tratou de Michael durante o acidente] e Frank DiLeo.

Na primeira imagem, Michael confere pela primeira vez a nova máquina que foi adquirida pelo Centro de Queimados.


Ele havia feito um acordo com a Pepsi no valor de US$ 1,5 milhão de dólares [um valor de 33 anos atrás e que deve ser atualizado para os dias de hoje!]. Michael doou todo este valor para o Centro de Queimados.

Parte do dinheiro foi utilizado para adquirir esta câmara hiperbárica. O hospital já possuía outra, a qual Michael tinha visto na época em que ficou internado e ele soube da necessidade do hospital de se ter uma segunda máquina para atender a demanda das vítimas.





No ano de 1993, Michael negou os boatos de ter uma câmara em sua casa durante a entrevista para Oprah Winfrey:
"Essa história é tão louca, quero dizer, é uma coisa de tabloide. Totalmente inventada. Eu vi a câmara no Centro de Queimados do Brotman Hospital e decidi apenas entrar nela e dar uma olhada, e alguém tirou a foto. Quando revelaram a fotografia, a pessoa que a revelou disse: 'Olhe, é o Michael Jackson!' Fez uma cópia e as fotos correram o mundo com essa mentira. Por que as pessoas compram esses jornais?"
Hoje se sabe que quem deixou vazar estas imagens foi o ex-gerente de Michael - Frank DiLeo - sem o conhecimento de Michael Jackson. Sua intenção era gerar publicidade gratuita.

Consta que na época, Katherine Jackson [mãe de Michael] telefonou para DiLeo e lhe deu uma bronca por conta disso.
Michael estava em turnê pelo Japão com a sua Bad Tour e o episódio fez com que ele escrevesse uma carta aberta ao público

Na edição de Julho de 2009 da revista Vanity Fair, a jornalista Daria Bignardi publicou:
''Michael Jackson permanecerá na história do pop, mas não sei se ele será lembrado completamente por uma coisa: que ele foi completamente absolvido das acusações infames que lhe fizeram. Acusações que devem ter lhe causado um sofrimento insuportável. Nunca foi provado uma fração de todas as grandiosas coisas desnecessárias que disseram sobre ele, pelas coisas graves às lendas urbanas, como aquela que el estaria dormindo em uma câmara hiperbárica para não envelhecer. Foi em seguida que se soube que a câmara hiperbárica ele realmente a comprou para um hospital,  mas isso nunca é dito quando se fala sobre ele.''