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03 novembro 2011

Depoimento de Joe Nick Patoski


''Era por volta do outono de 1981, quando a banda que eu gerenciava, Joe "King" Carrasco & The Crowns, assinou um contrato de gravação com a MCA Records, para fazer seu segundo álbum, Synapse Gap. Nós estávamos no Tropicana Motel, em Santa Monica Blvd., tomando o café da manhã na Duke e passando o resto do tempo no Studio 55, na 5555 Melrose, junto aos portões da Paramount Studio.

O estúdio tinha duas salas que pertenciam ao produtor Richard Perry. A outra sala estava reservada à família Jackson, que estava mixando seu álbum ao vivo. Ao longo da próximas duas semanas, nós conhecemos os Jacksons, compartilhamos com eles a sala de recreação, aonde estava a TV, e até mesmo um frango frito, comprado por sua tia.

Michael já era uma estrela, tendo ganho disco de platina com seu álbum Off The Wall. O álbum mais vendido de todos os tempos, Thriller, seria lançado dentro de um ano. Michael parecia um cara legal para um rapaz de 23 anos de idade. Ele era quieto, tímido e educado, não falava muito, exceto quando solicitado. A única indicação de que era Michael Jackson, era o Rolls Royce Bentley que ele dirigia até o estúdio.


Ele tinha um apartamento a uma quadra do estúdio, mas convocava ajuda usando seu telefone celular, o primeiro celular que eu já havia presenciado. Então, novamente, havia aqueles momentos em que eu andaria pelas salas do estúdio e veria MJ em pé, na frente do espelho, brincando com seu rosto, como se ele tivesse um grande problema, ou como se estivesse pensando em algumas alterações.

Cerca de uma semana e um meia faltando para a sessão de gravação, Joe ¨King¨ ponderou: "Não seria legal se Michael Jackson participasse e cantasse a harmonia em Don’t Let A Woman (Make A Fool Out of You)?¨ Era um reagge que Joe tinha escrito, soava parecido como No Woman, No Cry. Alguém disse a Joe: "Por que você não pergunta a ele?" Então ele perguntou, e Michael disse Sim.

Então, lá estava ele, com os fones de ouvido, tentando entrar no espírito de Joe "King". Profissionalmente, aproximou-se do microfone de frente para Joe, cravando as harmonias de alta e fazendo seu som. Alguém na mesa de mixagem sugeriu que os vocais de Joe deveriam ser mixados à parte, para que pudéssemos lançar uma versão extra de Michael Jackson cantando a música. Como se viu, a canção foi mixada com ambas as vozes.

Diga o que quiser sobre a sua carreira musical, sua vida pessoal, suas cirurgia plásticas, seu amor pelas crianças e pela sua infância, ele era um cara que trabalhava muito. No centro de tudo, ele me pareceu uma pessoa agradável.''

Na imagem acima, Michael e Joe ¨King¨ Carrasco, durante a gravação.

Fonte: http://www.tumblr.com