''Meu irmão e eu tivemos uma infância mágica, muito disso foi por causa de Michael. Ele nos entregava Neverland como se fosse nossa - dos filmes sobre os jogos de vídeo nos carros para jogar inicialmente com os chimpanzés ou simplesmente comendo deliciosos cookies de chocolate. Podíamos até mesmo trazer primos e amigos a este lugar mágico e apenas se divertir.
Fazer as refeições com Michael naquela época - há quase 20 anos - era sempre uma experiência especial. Ele simplesmente começava a cantarolar uma música e, em seguida, se desculpava. Daí ele ria divertido, e nos contava sobre como a música tomava conta e ele tinha que absorver rapidamente a inspiração (porque ele sempre dizia que vinha de outro lugar).
Em todos os momentos que eu estive com Michael, eu me sentia profundamente confortável e também em reverência, ao mesmo tempo. Minha relação com Michael era diferente do meu pai ou meus irmãos. Michael e eu dividíamos um grande amor pelas crianças, e seu coração chorava sobre a dor à qual todas as crianças do mundo estavam expostas.
Um dia, quando eu conversava com Michael sobre o futuro desempenho no Super Bowl, ele compartilhou seus pensamentos sobre como ele poderia usar sua exposição mundial para algo maior, e assim, nasceu a Fundação Heal the World.
Meu primeiro trabalho após me formar na faculdade, foi formar uma pequena equipe para a Fundação. Fiquei muito orgulhosa do trabalho que fizemos em um curto espaço de tempo, e depois nossas boas intenções chegaram a um impasse, quando Michael foi acusado pela primeira vez sobre abuso infantil. Silenciosamente, tivemos que encerrar o nosso trabalho.
A minha família sempre acreditou na inocência de Michael. Tudo bem admitir que, às vezes, ele se comportava de forma excêntrica, mas pensar que Michael pudesse fazer algo para uma criança, nunca passou pela minha cabeça.
Nos últimos dez anos, o meu relacionamento com Michael sempre se voltava para as crianças, mas agora ele tinha as suas próprias. (Ficamos em contato com a minha melhor amiga Grace, sua babá)
Foi incrível ver o quão feliz Michael estava nestes primeiros anos de seus filhos. Ele trocava suas fraldas, cantava e tocava com eles, balançava para dormir, dava banho e precisava se trocar, quando vomitavam nele. Fazia tudo como quaisquer outros pais também fazem e amam.
Meu primeiro trabalho após me formar na faculdade, foi formar uma pequena equipe para a Fundação. Fiquei muito orgulhosa do trabalho que fizemos em um curto espaço de tempo, e depois nossas boas intenções chegaram a um impasse, quando Michael foi acusado pela primeira vez sobre abuso infantil. Silenciosamente, tivemos que encerrar o nosso trabalho.
A minha família sempre acreditou na inocência de Michael. Tudo bem admitir que, às vezes, ele se comportava de forma excêntrica, mas pensar que Michael pudesse fazer algo para uma criança, nunca passou pela minha cabeça.
Nos últimos dez anos, o meu relacionamento com Michael sempre se voltava para as crianças, mas agora ele tinha as suas próprias. (Ficamos em contato com a minha melhor amiga Grace, sua babá)
Foi incrível ver o quão feliz Michael estava nestes primeiros anos de seus filhos. Ele trocava suas fraldas, cantava e tocava com eles, balançava para dormir, dava banho e precisava se trocar, quando vomitavam nele. Fazia tudo como quaisquer outros pais também fazem e amam.
Nas poucas ocasiões em que falamos, ele sempre me contava sobre as coisas maravilhosas da paternidade. Ele também os protegia de uma forma que refletia a sua própria infância perdida, e seu receio de que tirassem vantagem sobre eles.
Prince, Paris e Blanket são três crianças maravilhosas. Agora que Michael se foi, eu rezo para que eles encontrem paz e sejam poupadas em seus corações das coisas com as quais seu pai lutava, às vezes.
Eu escrevo esse texto em Londres, depois de vivenciar um encontro surreal com o tipo de pessoas que preocupava Michael. Eu não vou dar detalhes, mas nessas poucas horas em que eu pensei sobre meus filhos estarem expostos, tive um vislumbre do quanto Michael foi perseguido por toda a vida.
Prince, Paris e Blanket são três crianças maravilhosas. Agora que Michael se foi, eu rezo para que eles encontrem paz e sejam poupadas em seus corações das coisas com as quais seu pai lutava, às vezes.
Eu escrevo esse texto em Londres, depois de vivenciar um encontro surreal com o tipo de pessoas que preocupava Michael. Eu não vou dar detalhes, mas nessas poucas horas em que eu pensei sobre meus filhos estarem expostos, tive um vislumbre do quanto Michael foi perseguido por toda a vida.
É tão triste que uma alma tão confiante sofresse suspeitas porque, na realidade, a natureza de sua alma era amorosa e confiante.
Aqui em Londres, como no mundo inteiro, tem um canal exibindo um tributo para Michael. Ao assistir alguns vídeos com minhas filhas (5 e 7) eu tive que explicar muita coisa.
''Porque ele tinha uma pele branca? - Porque ele tinha uma doença de pele.''
''Por que ele parece tão diferente do que quando era criança?''
Houve uma discussão fascinante sobre a cirurgia plástica.
''Por que ele sempre tinha que se esconder? O que acontece com Prince, Paris e Blanket?''
Aqui em Londres, como no mundo inteiro, tem um canal exibindo um tributo para Michael. Ao assistir alguns vídeos com minhas filhas (5 e 7) eu tive que explicar muita coisa.
''Porque ele tinha uma pele branca? - Porque ele tinha uma doença de pele.''
''Por que ele parece tão diferente do que quando era criança?''
Houve uma discussão fascinante sobre a cirurgia plástica.
''Por que ele sempre tinha que se esconder? O que acontece com Prince, Paris e Blanket?''
Eu respondi suas perguntas pacientemente, como uma mãe tentando explicar um mundo confuso para seus filhos.
A realidade sobre a vida de Michael nos fala da forma como vemos o mundo e sobre como tratamos os outros. Quando finalmente assistimos o vídeo Heal The World, correram as lágrimas que eu vinha segurando por toda a manhã, e minha filha me abraçou.
Ouvindo aquela canção, na qual Michael fala sobre curar o mundo. Michael realmente tinha o dom de curar. A sua música e a doçura de sua alma tocou milhões de corações, e eu espero que ele seja lembrado por isso.''
Mallika Chopra
*Escritora e empresária americana. Também é irmã do escritor Gottham Chopra e filha do escritor Deepak Chopra.
Fonte: http://blog.beliefnet.com
