Infelizmente, estávamos errados. Leaving Neverland é nada menos do que uma emboscada premeditada, anunciada na 11ª hora no Sundance Film Festival, como parte de uma decepção secreta de dois anos para escapar do escrutínio da família de Michael, Espólio, amigos, associados e fãs. A HBO até tentou esconder os nomes dos dois acusadores ao anunciar o filme, apenas os identificando de má vontade depois que nossa declaração pública inicial revelou que eles eram dois litigantes falidos que conhecemos bem.
A meta da HBO é óbvia: ela quer silenciar as vozes de todos que falaram em defesa de Michael Jackson e que sabem da falta de credibilidade dessas alegações, bem como do caráter dos indivíduos que as criaram. Obrigado a todos vocês, a HBO e seu cineasta têm sido incapazes de evitar a luz dura que eles esperavam evitar de serem direcionados para este filme.
Eles não querem que ninguém note que é esmagadoramente unilateral. Eles não querem saber que o cineasta, em dois anos, nunca chegou a falar com alguém além de seus dois súditos e suas famílias, incluindo aqueles que ele difamava e era moral e eticamente obrigado a entrar em contato. A HBO também não quer que ninguém saiba que os sujeitos mudaram repetidamente suas histórias, cometeram perjúrios e têm motivos financeiros escondidos do público. Em vez disso, a HBO espera poupar Leaving Neverland por qualquer escrutínio rigoroso de fatos e credibilidade os quais deveria ter exigido de seu cineasta. Mas a tenaz paixão de vocês em defender Michael em face de tal desonestidade perfurou a falta de transparência da HBO. É inspirador e reconfortante, e somos gratos a todos vocês.
O mais importante, a HBO e seu parceiro Channel 4 querem desviar a atenção do fato de que está atacando um homem inocente que não está mais conosco para se defender e que só pode fazer isso porque não pode ser legalmente responsabilizado por difamar pessoa falecida. O refrão da HBO continua sendo o de que a justiça é irrelevante, ao mesmo tempo em que acrescenta a afirmação insincera e absurda de que seu filme não é sobre Michael Jackson. Vamos ser claros: é inteiramente sobre Michael Jackson. O mesmo Michael Jackson que teve o seu dia no tribunal em acusações como estas há 14 anos e foi declarado inocente por unanimidade em todos os aspectos por um júri sofisticado.
Mas na corte da HBO, não há júri, nenhuma oportunidade de interrogar testemunhas e nenhuma defesa; apenas uma condenação predeterminada de um homem inocente por um cineasta intencionalmente chocante que se declarou o juiz final e o júri. E, em vez de deixar os espectadores pesarem todas as evidências e decidirem por si mesmos se os sujeitos estão dizendo a verdade ou mentindo, a HBO força a história do cineasta na garganta de todos os espectadores, não dando tempo em quatro horas de visualização nem mesmo de um volume de evidências conflitantes.
Michael Jackson sofreu durante sua vida através de um holofote malicioso que nenhum artista de sua geração foi obrigado a suportar. Como James Baldwin profeticamente escreveu em 1985, quando Michael estava saindo do fenômeno global que foi Thriller, “A cacofonia de Michael Jackson é fascinante, pois não é sobre Jackson. Espero que ele tenha o bom senso de saber disso e a sorte de tirar sua vida das garras de um sucesso carnívoro. Ele não será rapidamente perdoado por ter virado tantas mesas, porque ele seguramente agarrou o anel de latão, e o homem que quebrou o banco em Monte Carlo não tem nada sobre Michael.”
Infelizmente, seus filhos tiveram que suportar repetidamente a dor adicional desses contos sensacionalistas após perder seu pai, seja durante o julgamento criminal do homem responsável por sua morte ou as alegações dos dois indivíduos neste filme. Enquanto a imprensa tratou as alegações neste filme como novas e frescas, na verdade essas pessoas têm feito essas mesmas acusações lascivas e falsas na mídia por seis anos, mais da metade do tempo em que Michael estava morto. Mas tendo sequestrado a credibilidade da HBO, o que eles têm agora é apenas uma plataforma mais barulhenta, uma trilha sonora, drones, edição habilidosa e um orçamento de marketing multimilionário. O que eles não podem comprar é a verdade. Fatos não mentem; pessoas sim.
Nos seis anos desde que essas falsas alegações foram feitas, a música de Michael e seu legado prosperaram por uma simples razão: você não pode silenciar Michael Jackson. Sua genialidade e arte são atemporais, e sua resiliência prevalece. Continuaremos a lutar contra as alegações sem mérito de seus acusadores porque ele é inocente. Seu legado é mais forte do que dois indivíduos que buscam centenas de milhões de dólares depois de defendê-lo por anos e cujas epifanias similares levantam inúmeras questões sobre seu tempo e motivos. Sua repetida desonestidade, como cometer perjúrio e esconder provas, diz tudo sobre sua credibilidade que quatro horas de Leaving Neverland sai do seu caminho para se esconder.
Por fim, é importante lembrar o que Michael disse a si mesmo em 1994, quando foi convidado para o NAACP Image Awards. Naquela época, a perseguição implacável que iria assombrá-lo pelo resto de sua vida havia começado. Ao se dirigir à reunião, ele fez questão de observar o direito que todos temos à presunção de inocência.
“Eu nunca tive tempo para entender a importância desse ideal até agora,” Michael disse, “até que eu me tornei vítima de falsas alegações, e a disposição dos outros para acreditar e explorar o pior antes que eles tivessem uma chance de ouvir o verdade. Porque não só sou supostamente inocente, como sou inocente. E sei que a verdade será minha salvação.''
O Espólio de Michael Jackson
*Tradução deste blog.
