Remember The Time: Protecting Michael Jackson

Dave Dave, Michael e Louie
Javon: ''Quando Kanye West se reuniu com Sr. Jackson? Estávamos totalmente cativados pela fama. Eles se conheceram na casa de Lyor Cohen, presidente da Def Jam Recordings. Bill e eu estávamos no carro, e vi aquele pequeno rapaz e um rapaz alto andando pela rua e quando se aproximaram, vimos que o pequeno era Kanye.

Nós éramos como, ''Uau, este é Kanye West!'' Andamos com Kanye e quando Kanye viu Sr. Jackson, era ele que ficou cativado pela fama. Ele começou a dizer, "Oh, meu Deus, Sr. Jackson, é um prazer e uma honra conhecê-lo. Você simplesmente não sabe. Eu sou sua maior fã. Eu te amo.''

Sr. Jackson disse, "Deus te abençoe. Obrigado. Eu também admiro o seu trabalho.''

Todo o tempo, Kanye era como uma criança numa loja de doces. Eu nunca vi alguém ser tão humilde. Foi surreal. Todo mundo sabe que Kanye pode ser muito arrogante, e lá estava ele, assombrado por estar na mesma sala com Sr. Jackson.

Quando Ne-Yo veio e viu Sr. Jackson, ficou tão deslumbrado como Kanye. Ne-Yo estava tão nervoso e não conseguia parar de tremer. Experiências como essa fazem você se lembrar o quão especial Sr. Jackson era para as pessoas.''

Bill: ''Um dia, Sr. Jackson ligou e me pediu que fosse na casa. Quando cheguei, ele disse, ''Eu preciso que você me faça um favor. Preciso que você leve um pacote para um amigo meu na cidade."

"Sim, senhor."

"Agora, Bill", ele disse, "Eu quero que você esteja preparado quando você o encontrar. Ele passou por uma tragédia terrível quando ele era uma criança, seu pai colocou fogo nele. Seu nome é David... Você pode ter ouvido sobre ele. Fizeram um filme sobre a sua vida.''

"Sim, senhor."

"Bill, quando você o ver, não se assuste. Então você tem que se preparar para que ele não o veja surpreso.''

"Sim, senhor."

Então ele me entregou um pacote. Estava embrulhado em papel de jornal e amarrado a algumas camadas de fita adesiva. Tinha, pelo menos, um centímetro de espessura. Só pelo tamanho eu percebi que era dinheiro, muito dinheiro. Junto com o pacote, ele me deu o número de Davi; ele estaria esperando pelo meu telefonema quando eu chegasse à cidade.

Dirigindo pela ponte George Washington em Manhattan, não pude deixar de me perguntar como estaria Davi ao encontrá-lo. Será que estava em desvantagem de alguma maneira? Em uma cadeira de rodas? Eu não sabia.

Quando cheguei ao Henry Hudson Parkway, eu liguei para ele e combinamos de nos encontrar em frente ao Madison Square Garden. Eu cheguei, me detive, saí do carro e liguei para que ele soubesse que eu tinha chegado. Ele disse que estava a um quarteirão de distância.

Um par de minutos depois, notei um cara vindo em minha direção. Ele era um cara magro, caucasiano com um chapéu verde reclinado, cobrindo o rosto. Quando ele se aproximou, olhou para cima e disse, "Bill?"

Tentei não olhar. Todo o seu rosto estava cheio de cicatrizes por ter sido queimado. Sua orelhas, nariz e mãos - tudo deformado. Eu só podia imaginar como era para ele estar em público.

Eu disse, ''Ei, Dave. Como você está?''

"Estou bem, obrigado. Como está Michael?"

"Ele está muito bem."

Dei-lhe o pacote. Ele disse, "Obrigado... e diga para Michael que eu o amo."

"É claro que eu vou."

Ele me deu um abraço e disse, "Cuide-se".

Ele abaixou o chapéu e se dirigiu para o metrô. Entrei no carro e voltei para New Jersey.''

*A trágica história de Dave se encontra publicada aqui

Extraído do livro Remember The Time: Protecting Michael Jackson in His Finals Days escrito por Bill Whitfield e Javon Beard - ex-guarda-costas de Michael Jackson.

Fonte: http://mjhideout.com