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O discurso do cantor italiano Massimo Ranieri durante um
concerto no Estádio Olímpico Roma, em 28 de Junho de 2009
"Certa noite em Veneza, durante o meu concerto,, eu o vi passar. Eu disse: "Olá, Michael, eu amo você!''
Eu não aceito a morte absurda que lhe tocou, mas me consola o fato de saber que ele sempre se fez presente entre nós, os artistas.
Grandioso, ninguém poderá negar. Vai permanecer como Elvis e Lennon. Os fãs já começaram a homenageá-lo.
Dinheiro e fobias, excessos e, às vezes, escolhas excêntricas como resultado de uma infância negada.
Em 1964, aos 13 anos, eu estava nos Estados Unidos. Estou a falar de 45 anos atrás. Eles estavam na televisão. No show de Ed Sullivan. Eu olhava para eles regularmente, fascinado por seu mundo de profissionalismo, pela presença, o jeito de fazer show.
Uma noite eu vi a exibição dos Irmãos Jackson, Michael era o mais jovem, 6 anos, se mexia e cantava de maneira única, estratosfericamente.
Quando voltei para Nápoles, contei a todos. "Vejam que na América eles têm um garoto fenomenal, que dança e canta, um fenômeno!''
Desde então, Michael foi isto: Um fenômeno.
Psique bombardeada, um pai abusivo, a infância pulverizada
De certa forma, eu também já fiz o mesmo. Expropriação. Eu vim para cima em outra maneira e me tornei outra pessoa só por causa do sucesso, e fiz minhas contas com a Itália, 60 milhões de pessoas.
Michael não se compara com milhões, mas com milhares de milhões de pessoas. Que frequentemente o impedia de sair, de caminhar livremente pela rua, para fazer qualquer coisa rápida.
Michael vive. Músico, cantor, dançarino. Depois de Fred Astaire,para mim só existe Michael.''
''We Are the World'' é cantada neste mesmo concerto
Máximo Ranieri |
Fonte: Michael Jackson Discografia