Esta entrevista com Michael Jackson aconteceu justo quando saiu o álbum Triumph dos Jacksons em 1980. O álbum solo de Michael, Off the Wall tinha saido um ano antes e o jovem cantor estava sentado no topo do mundo. Aqui, Michael estava sentado em uma mesa de conferência na Columbia Records, o selo para o qual mudaram depois de deixar a Motown, com Tito e LaToya.
Jackson estava muito amável e de bom humor, porém a conversa foi estranha. Toda vez que eu perguntava alguma coisa para Michael, ele olhava para LaToya e ela fazia a mesma pergunta. Logo ele me olhava e me respondia. Quando fez isso pela primeira vez, eu pensei que estavam se divertindo, porém esse comportamento continuou durante toda a entrevista.
Eu anotei as respostas de LaToya e Tito para que se note o verdadeiro bom ânimo que havia sobre a mesa - só que havia algo um pouco raro - Michael Jackson.
É interessante dizer que Michael tinha apenas 22 anos quando fez esta entrevista. Era uma estrela, mas ainda faltavam dois anos para que Thriller fosse lançado.
Steven: Destiny é um álbum diferente de Triumph. Os Jacksons produziram o álbum e escreveram todo o material?
LaToya: Destiny era um álbum diferente para você porque você produziu o álbum e escreveu as canções?
Michael: Bem, o mesmo aconteceu com Destiny.
Steven: Com todo o disco?
Michael: Sim. Acho que a diferença está no processo e aprendizagem. Creio que há melhorias em cada álbum. Porém escrevemos todos os temas em Destiny com exceção de um, Blame it on the Boogie. Com o Triumph, eu acho que temos aprendido muitas coisas diferentes que aprendemos desde Destiny. O Destiny era o começo e Triumph é como o que temos conseguido desde então. Temos mais liberdade e estamos fazendo mais acordes. Tentando coisas diferentes e criativas, sons distintos e todo esse tipo de coisa.
Steven: Você sente que progrediu para além do período em que os produtores eram Gamble / Huff? Quer ter o controle da produção? Você acha que eles fizeram um bom trabalho produzindo os Jacksons?
LaToya: Você acha que Gamble e Huff fizeram um bom trabalho com os Jacksons?
Michael: Bem, sim, mas eu atribuo muito disso para os dias de Motown também porque acredito que a Motown foi uma grande escola. Você tinha muitos dos melhores compositores do mundo: [Freddie Perren também] Holland-Dozier-Holland, Hal Davis, a Corporação em que estavam "Fonz [Alphonzo] Mizell, Deke Richards e Berry Gordy. Eu acho que o mundo inteiro aprendeu com a Motown, até mesmo os Beatles em entrevistas reconheceram a Motown. Eles chamavam de 'Os dias de Tamla Motown'. Isso influenciou-os a escrever suas próprias canções. Porém eu vejo isso como um conjunto e essa experiência de aprendizagem é o que temos agora. Fomos evoluíndo a partir dali.
Steven: Você superou os dias da Motown musicalmente?
Tito: Bem, nós temos algo além de uma carreira.
Steven: Negócios?
Tito: Há um lado dos negócios em tudo. Mas comentando sobre o que Michael disse, com aquelas velhas canções de Martha Reeves e dos Temptations e Surpremes, não há muitas canções que podem seguir tocando no toca-discos hoje e que continuem soando como hits. Porém, aqueles discos soam como hits hoje.
Michael: É tudo baseado no crescimento. Quero dizer, perguntas sobre tporque queríamos deixar a Motown? Nós queríamos tentar algo diferente, queríamos crescer. É como uma lagarta que sai do casulo para ser uma borboleta. Tivemos que tentar coisas diferentes e tornarmos todas estas cores diferentes e elementos e coisas assim. Sempre queríamos compor na Motown, porém nunca estava em nosso contrato. E nós mudamos o nosso contrato com a Motown. Mas não acho que as pessoas teriam confiado em nós se não acreditassemos em nós. Eles disseram: 'Ah, mas vocês são apenas crianças. Basta colocá-lo atrás do microfone.' E nós cantamos. E isso era bom. Foi quando houve sucessos e realizações, tudo bem.
Tito: Estamos trabalhando agora.
Michael: Sim, estamos trabalhando agora. [Risos] Eu aposto que você gostaria de ouvir-nos!
Steven: Poderiam dizer que vocês estão ficando cada vez melhores como músicos e compositores? Você pode olhar para trás e pensar que as músicas poderiam ter sido melhoradas?
Tito: Bem, as músicas antigas foram sucessos antes e não poderia ser melhorado. Eu realmente não poderia dizer porque foi uma experiência de aprendizagem para todos, naquele momento. E agora nós temos resultados. Eu gostaria de ter a oportunidade de falar depois.
Steven: Você pode nos dizer como se gravam os temas dos Jacksons? Chega alguém com uma música terminada ou você trabalha com ideias, vocais e melodia? Como você faz?
Tito: Compomos em separado e também em conjunto. Levamos o nosso produto e colocamos em comum e escutamos. Nós escutamos nossas sessões e é assim principamente que nós começamos.
Michael: Sempre vem de formas distintas. Por exemplo, Tito estava tocando uma gravação para mim em sua casa um dia e disse: 'Deus, eu gosto!' E ai pensei em uma bela melodia para ela e acabou em um álbum. Não acredito que nenhum compositor sente-se em um piano e diga: 'Vou compor uma música agora.'
Tito: Vai ser número um.
Michael: Sim, não pode ser assim. Chega. Elas descreverm você. Se torna você. Não acredito que Michelangelo ou Leonardo da Vinci se aproximaram de uma tela e disseram: 'Eu vou criar a Mona Lisa agora mesmo!' Ou o que seja. Simplesmente vem e tem que acertá-lo. Elas agem através de você. Você não escolhe.
Steven: Quando entra em um estúdio, está com os temas prontos, arranjados e sabe quem cantará cada parte?
Latoya: Quando entram no estúdio, meninos, já sabem mais ou menos como será a música?
Michael: Bom, sim e não, realmente. Depende, não?
Tito: Depende. Você pode chegar com uma ideia...
Michael: E então muda, não?
Tito: E outra coisa... O pianista pode tocar uma determinada parte e você diz: 'Ei, todo mundo faz essa parte!'
Michael: É assim.
Tito: Assim, nunca se sabe. Ou pode estar escutando algo enquanto você está escutando pela segunda vez, é difícil de decidir. Acredito que uma das coisas a fazer para garantir o êxito ou algo é deixar que as coisas surjam.
Michael: Sim, espontaneidade. Sabe, Norman Whitfield, na Motown, costumava fazer isso sempre. Colocava uma porção de músicos em uma sala e dizia: 'toquem!' E acabava se tornando um sucesso. Foi assim que ele escreveu Papa Was a Rolling Stone e muitos outros sucessos, então. E o que ocorreu depois é que ficou com problemas porque os músicos queriam obter benefícios e porcentagens. Pensavam: 'Você não fez isso; nós o fizemos.' Encontrou muitos problemas fazendo assim, porém muitos temas se sairam melhor desta forma. É como tocar um com os outros e senti-los trabalhar em si mesmo.
Steven: Como compositor principal, você toca algum instrumento?
Latoya: Toca algum instrumento?
Steven: Como você compõe?
Michael: Bem, Jermaine e Tito tocam a guitarra e Randy toca muitos instrumentos. Eu realmente não toco instrumentos, toco bateria.
Tito: Sim, tocas um instrumento.
Michael: Só um pouco de piano.
Tito: Toca o suficiente para compor hits.
Michael: Creio que eu trago de cabeça, Creio que a mente é suficiente porque posso escutar o que quero. Tenho uma orquestra completa aqui acima, toda uma orquestra e eu escuto e a interpreto para que os músicos possam escrevê-la. É como Stevie [Wonder] que não precisa saber teoria musical e compor como Paul McCartney, e ainda hoje segue sem saber. Realmente ele pode sentir.
Steven: Você leva tempo para gravar a cena final? Quanto tempo leva para gravar os vocais e tudo mais?
Latoya: Quanto tempo levam os Jackson para gravar os vocais?
Michael: Nossas vozes?
Latoya: Sim
Steven: Leva horas e horas para gravar os vocais.
Tito: Depende do assunto. Algumas questões são simples, algumas se podem cantar de uma vez e outras levam dois dias.
Michael: Sim [risos] Depende. Para alguns temas tem os músicos que o fazem e vejo que estão em um tom equivocado e não posso alcançar certas notas. Assim teremos que voltar e recomeçar. Então é quando é estúpido e te deixa com raiva. Sei que muitos ficam bravos comigo porém uma pessoa só não pode fazer tudo.
Tito: Não se pode fazer nada. Tem que voltar e recomeçar.
Michael: Mas a coisa boa é que quando você faz de novo a música melhora. Conseguimos as melhores tomadas. Fizemos assim com Shake Your Body ou Things I Do For You? Assim foi no álbum Destiny. Depende, cada música é diferente, como disse.
Steven: Você tomou a gravação de Off the Wall de forma diferente de outro disco dos Jacksons como um grupo?
LaToya: Você tomou a gravação de seu álbum solo de forma diferente de um outro disco dos Jacksons?
[Michael está momentaneamente empolgado com um determinado tipo de lente que o fotógrafo está usando...]
Michael: É a melhor, certo? Eu nunca vi nada igual a isso. Você tem, Tito? É ótima. Qual foi sua pergunta? O que dizia? [Pergunta a LaToya]
LaToya: Umm, eu esqueci.
Steven: Você tomou a gravação de seu álbum solo de forma diferente de um outro disco dos Jacksons?
Michael: Eu acho. Sim, eu fiz porque eu achava que não deveria soar o mesmo. Quando as pessoas compram um álbum dos Jacksons, compram o disco de um grupo. Quando compram o meu álbum, acho que devem receber o som de um artista solo diferente, um estilo de som completamente diferente. E quando eles vêm para os shows, eu acho que eles deveriam ouvir como se fossem artistas diferentes. Quando eles vêm para os concertos deveriam ter a atitude 'Eles vão ver os Jackson e a Michael Jackson por minhas músicas solo e também os êxitos de The Jacksons e dos Jackson Five.' Realmente estão olhando para três grupos. [Risos]
Tito: E Jermaine.
Michael: Sim, e se Jermaine sair em turnê com a gente como nós esperamos que ele faça, ouvirão a Jermaine. E a Tito. É bom trabalhar sozinho também, que quando gritam o que querem escutar nos dissemos 'Ok, ok!' É muito divertido. Mas no show, temos uma parte onde eu faço minhas músicas sozinho. Coloco meu smoking e me lanço.
Tito: Isso... smoking... Funk.
Michael: Smoking... Funk. Certamente.
Steven: Você tem planos de gravar mais algum disco solo?
LaToya: Tem algum plano para gravar mais algum disco solo?
Michael: Bem, eu acho que sim porque o público exige isso depois de haver desfrutado algo. E tem sido muito bem sucedido, porém não creio que seja para breve. Não será antes de 1982.
Após a entrevista, Michael literalmente caiu em um canto da sala de imprensa e começou a dançar. Foi bastante incrível vê-lo se mover como se estivesse cinco centímetros acima do chão. Eu não queria ser indiscreto e o deixei em silêncio, pois parecia envolvido em seu próprio mundo. Depois de alguns minutos, eu me aproximei e perguntei se podia tirar uma foto com ele. Ele sorriu e fez um gesto de 'sim'. (a imagem no início da entrevista)
Tradução: Mari/Fórum Forever Michael
Fontes:
http://forevermichael.forumeiros.com
http://connections.rock.com
LaToya: Destiny era um álbum diferente para você porque você produziu o álbum e escreveu as canções?
Michael: Bem, o mesmo aconteceu com Destiny.
Steven: Com todo o disco?
Michael: Sim. Acho que a diferença está no processo e aprendizagem. Creio que há melhorias em cada álbum. Porém escrevemos todos os temas em Destiny com exceção de um, Blame it on the Boogie. Com o Triumph, eu acho que temos aprendido muitas coisas diferentes que aprendemos desde Destiny. O Destiny era o começo e Triumph é como o que temos conseguido desde então. Temos mais liberdade e estamos fazendo mais acordes. Tentando coisas diferentes e criativas, sons distintos e todo esse tipo de coisa.
Steven: Você sente que progrediu para além do período em que os produtores eram Gamble / Huff? Quer ter o controle da produção? Você acha que eles fizeram um bom trabalho produzindo os Jacksons?
LaToya: Você acha que Gamble e Huff fizeram um bom trabalho com os Jacksons?
Michael: Bem, sim, mas eu atribuo muito disso para os dias de Motown também porque acredito que a Motown foi uma grande escola. Você tinha muitos dos melhores compositores do mundo: [Freddie Perren também] Holland-Dozier-Holland, Hal Davis, a Corporação em que estavam "Fonz [Alphonzo] Mizell, Deke Richards e Berry Gordy. Eu acho que o mundo inteiro aprendeu com a Motown, até mesmo os Beatles em entrevistas reconheceram a Motown. Eles chamavam de 'Os dias de Tamla Motown'. Isso influenciou-os a escrever suas próprias canções. Porém eu vejo isso como um conjunto e essa experiência de aprendizagem é o que temos agora. Fomos evoluíndo a partir dali.
Steven: Você superou os dias da Motown musicalmente?
Tito: Bem, nós temos algo além de uma carreira.
Steven: Negócios?
Tito: Há um lado dos negócios em tudo. Mas comentando sobre o que Michael disse, com aquelas velhas canções de Martha Reeves e dos Temptations e Surpremes, não há muitas canções que podem seguir tocando no toca-discos hoje e que continuem soando como hits. Porém, aqueles discos soam como hits hoje.
Michael: É tudo baseado no crescimento. Quero dizer, perguntas sobre tporque queríamos deixar a Motown? Nós queríamos tentar algo diferente, queríamos crescer. É como uma lagarta que sai do casulo para ser uma borboleta. Tivemos que tentar coisas diferentes e tornarmos todas estas cores diferentes e elementos e coisas assim. Sempre queríamos compor na Motown, porém nunca estava em nosso contrato. E nós mudamos o nosso contrato com a Motown. Mas não acho que as pessoas teriam confiado em nós se não acreditassemos em nós. Eles disseram: 'Ah, mas vocês são apenas crianças. Basta colocá-lo atrás do microfone.' E nós cantamos. E isso era bom. Foi quando houve sucessos e realizações, tudo bem.
Tito: Estamos trabalhando agora.
Michael: Sim, estamos trabalhando agora. [Risos] Eu aposto que você gostaria de ouvir-nos!
Steven: Poderiam dizer que vocês estão ficando cada vez melhores como músicos e compositores? Você pode olhar para trás e pensar que as músicas poderiam ter sido melhoradas?
Tito: Bem, as músicas antigas foram sucessos antes e não poderia ser melhorado. Eu realmente não poderia dizer porque foi uma experiência de aprendizagem para todos, naquele momento. E agora nós temos resultados. Eu gostaria de ter a oportunidade de falar depois.
Steven: Você pode nos dizer como se gravam os temas dos Jacksons? Chega alguém com uma música terminada ou você trabalha com ideias, vocais e melodia? Como você faz?
Tito: Compomos em separado e também em conjunto. Levamos o nosso produto e colocamos em comum e escutamos. Nós escutamos nossas sessões e é assim principamente que nós começamos.
Michael: Sempre vem de formas distintas. Por exemplo, Tito estava tocando uma gravação para mim em sua casa um dia e disse: 'Deus, eu gosto!' E ai pensei em uma bela melodia para ela e acabou em um álbum. Não acredito que nenhum compositor sente-se em um piano e diga: 'Vou compor uma música agora.'
Tito: Vai ser número um.
Michael: Sim, não pode ser assim. Chega. Elas descreverm você. Se torna você. Não acredito que Michelangelo ou Leonardo da Vinci se aproximaram de uma tela e disseram: 'Eu vou criar a Mona Lisa agora mesmo!' Ou o que seja. Simplesmente vem e tem que acertá-lo. Elas agem através de você. Você não escolhe.
Steven: Quando entra em um estúdio, está com os temas prontos, arranjados e sabe quem cantará cada parte?
Latoya: Quando entram no estúdio, meninos, já sabem mais ou menos como será a música?
Michael: Bom, sim e não, realmente. Depende, não?
Tito: Depende. Você pode chegar com uma ideia...
Michael: E então muda, não?
Tito: E outra coisa... O pianista pode tocar uma determinada parte e você diz: 'Ei, todo mundo faz essa parte!'
Michael: É assim.
Tito: Assim, nunca se sabe. Ou pode estar escutando algo enquanto você está escutando pela segunda vez, é difícil de decidir. Acredito que uma das coisas a fazer para garantir o êxito ou algo é deixar que as coisas surjam.
Michael: Sim, espontaneidade. Sabe, Norman Whitfield, na Motown, costumava fazer isso sempre. Colocava uma porção de músicos em uma sala e dizia: 'toquem!' E acabava se tornando um sucesso. Foi assim que ele escreveu Papa Was a Rolling Stone e muitos outros sucessos, então. E o que ocorreu depois é que ficou com problemas porque os músicos queriam obter benefícios e porcentagens. Pensavam: 'Você não fez isso; nós o fizemos.' Encontrou muitos problemas fazendo assim, porém muitos temas se sairam melhor desta forma. É como tocar um com os outros e senti-los trabalhar em si mesmo.
Steven: Como compositor principal, você toca algum instrumento?
Latoya: Toca algum instrumento?
Steven: Como você compõe?
Michael: Bem, Jermaine e Tito tocam a guitarra e Randy toca muitos instrumentos. Eu realmente não toco instrumentos, toco bateria.
Tito: Sim, tocas um instrumento.
Michael: Só um pouco de piano.
Tito: Toca o suficiente para compor hits.
Michael: Creio que eu trago de cabeça, Creio que a mente é suficiente porque posso escutar o que quero. Tenho uma orquestra completa aqui acima, toda uma orquestra e eu escuto e a interpreto para que os músicos possam escrevê-la. É como Stevie [Wonder] que não precisa saber teoria musical e compor como Paul McCartney, e ainda hoje segue sem saber. Realmente ele pode sentir.
Steven: Você leva tempo para gravar a cena final? Quanto tempo leva para gravar os vocais e tudo mais?
Latoya: Quanto tempo levam os Jackson para gravar os vocais?
Michael: Nossas vozes?
Latoya: Sim
Steven: Leva horas e horas para gravar os vocais.
Tito: Depende do assunto. Algumas questões são simples, algumas se podem cantar de uma vez e outras levam dois dias.
Michael: Sim [risos] Depende. Para alguns temas tem os músicos que o fazem e vejo que estão em um tom equivocado e não posso alcançar certas notas. Assim teremos que voltar e recomeçar. Então é quando é estúpido e te deixa com raiva. Sei que muitos ficam bravos comigo porém uma pessoa só não pode fazer tudo.
Tito: Não se pode fazer nada. Tem que voltar e recomeçar.
Michael: Mas a coisa boa é que quando você faz de novo a música melhora. Conseguimos as melhores tomadas. Fizemos assim com Shake Your Body ou Things I Do For You? Assim foi no álbum Destiny. Depende, cada música é diferente, como disse.
Steven: Você tomou a gravação de Off the Wall de forma diferente de outro disco dos Jacksons como um grupo?
LaToya: Você tomou a gravação de seu álbum solo de forma diferente de um outro disco dos Jacksons?
[Michael está momentaneamente empolgado com um determinado tipo de lente que o fotógrafo está usando...]
Michael: É a melhor, certo? Eu nunca vi nada igual a isso. Você tem, Tito? É ótima. Qual foi sua pergunta? O que dizia? [Pergunta a LaToya]
LaToya: Umm, eu esqueci.
Steven: Você tomou a gravação de seu álbum solo de forma diferente de um outro disco dos Jacksons?
Michael: Eu acho. Sim, eu fiz porque eu achava que não deveria soar o mesmo. Quando as pessoas compram um álbum dos Jacksons, compram o disco de um grupo. Quando compram o meu álbum, acho que devem receber o som de um artista solo diferente, um estilo de som completamente diferente. E quando eles vêm para os shows, eu acho que eles deveriam ouvir como se fossem artistas diferentes. Quando eles vêm para os concertos deveriam ter a atitude 'Eles vão ver os Jackson e a Michael Jackson por minhas músicas solo e também os êxitos de The Jacksons e dos Jackson Five.' Realmente estão olhando para três grupos. [Risos]
Tito: E Jermaine.
Michael: Sim, e se Jermaine sair em turnê com a gente como nós esperamos que ele faça, ouvirão a Jermaine. E a Tito. É bom trabalhar sozinho também, que quando gritam o que querem escutar nos dissemos 'Ok, ok!' É muito divertido. Mas no show, temos uma parte onde eu faço minhas músicas sozinho. Coloco meu smoking e me lanço.
Tito: Isso... smoking... Funk.
Michael: Smoking... Funk. Certamente.
Steven: Você tem planos de gravar mais algum disco solo?
LaToya: Tem algum plano para gravar mais algum disco solo?
Michael: Bem, eu acho que sim porque o público exige isso depois de haver desfrutado algo. E tem sido muito bem sucedido, porém não creio que seja para breve. Não será antes de 1982.
Após a entrevista, Michael literalmente caiu em um canto da sala de imprensa e começou a dançar. Foi bastante incrível vê-lo se mover como se estivesse cinco centímetros acima do chão. Eu não queria ser indiscreto e o deixei em silêncio, pois parecia envolvido em seu próprio mundo. Depois de alguns minutos, eu me aproximei e perguntei se podia tirar uma foto com ele. Ele sorriu e fez um gesto de 'sim'. (a imagem no início da entrevista)
Tradução: Mari/Fórum Forever Michael
Fontes:
http://forevermichael.forumeiros.com
http://connections.rock.com