Remember The Time: Protecting Michael Jackson


Javon: ''Uma vez por semana as crianças tinham que escolher um lugar especial para ir e um de seus lugares favoritos era Chuck E. Cheese. Desde que Middleburg estava no meio do nada, o mais próximo estava a 45 minutos de Alexandria ao sul de DC [Washington]. Nós levamos as crianças lá talvez três vezes.

Em duas dessas vezes, Bill e Sr. Jackson deixaram as crianças comigo e a Sra. Grace [a babá]. Ficamos no restaurante enquanto se dirigiam ao redor e iam às compras. Mas desta vez em particular, levamos as crianças ao Chuck E. Cheese e Sr. Jackson queria entrar também.

Queria vê-los brincar. Acompanhei as crianças por primeiro. Sr. Jackson chegou 10 minutos depois com Bill. As crianças estavam brincando e Sr. Jackson estava sentado no canto com um chapéu e um véu preto sobre o rosto.

As crianças sabiam que quando o pai estava em um lugar público não poderiam correr ao encontro dele ou aproximar-se dele; Isso era contra as regras.

Você pode imaginar ter que aprender a ficar longe de seu próprio pai, quando está sentado do outro lado da sala? Isso é o que eles tinham que fazer, era uma precaução, como o uso de seus nomes de código.

Mas Paris? Ela adorava o seu pai. Não se dizia a ela, ''não fale com o seu pai". Ela não o faria. Ela estava subindo para o topo daqueles tobogãs, gritando:

"Olha, papai!! Vou no tobogã... olha!!''

Tínhamos lembrado a ela para não fazer isso, mas ela estava tão animada que estava ali fazendo, de qualquer maneira. Não foi uma grande coisa. Havia um monte de pais lá; poderia ter gritado para qualquer um.

Mas alguns minutos depois ela estava brincando com outra menina, onde eles têm uma grande piscina cheia de bolas de plástico. De repente Paris correu para seu pai, deu-lhe um grande abraço, levantou o véu e beijou-o no rosto e em seguida ajeitou o véu e correu de volta para a brincadeira.

A menina que estava brincando com Paris viu o que aconteceu. Ela estava no meio de todas aquelas bolas de plástico, com aquele olhar atordoado em seu rosto, olhando para o homem do véu. Era como se ela perdesse a respiração por um minuto, como se estivesse muito animada para falar. Em seguida ela finalmente recuperou o fôlego e ela disse gritando o mais alto que podia:

"Mamãe!! É Michael Jackson!! É Michael Jackson, mamãe, mamãe!! Michael Jackson!!''

Bill: ''A sala ficou quieta. Todas as cabeças se viraram para olhar em nossa direção. Sr. Jackson levantou-se disparado e saiu pela porta. Não saiu correndo, apenas caminhou rapidamente, mas saíu de lá com toda a pressa.

Eu fui atrás dele. Fiz um gesto para Javon para ele ficar com os mais pequenos. Quando eu saí Sr. Jackson estava na van, mas não conseguiu abri-la e se agachou entre os carros. Fui até lá e ele disse: "Bill, abra a porta."

Eu não pude abrir. Javon tinha as chaves. Eu estava do lado do motorista e viu a sua cabeça longe do carro para a rua. Ele atravessou a rua correndo e foi dar diretamente sobre uns grampos [desses para parede ou asfalto]. Ele estava nervoso, olhando ao redor, pensando que as pessoas começariam a chegar imediatamente depois dele. Mas o mais incrível foi que ninguém nos seguiu.''

Javon: ''Dentro do restaurante as pessoas estavam olhando em volta e se podia ouvi-los falar. "Michael Jackson?'' ''Você disse Michael Jackson?" "De jeito nenhum. Nao pode ser ele.''

Não aconteceu uma cena porque ninguém acreditava, pois quem iria acreditar que Michael Jackson estaria passando um momento no Chuck E. Cheese em Alexandria, Virginia, na terça-feira à noite?

Aquela pobre menina, todos pensavam que estava inventando coisas, mas ela tinha certeza que tinha visto o que tinha visto. Ela insistia que sua mãe. Finalmente, ele foi para Paris e disse: "Michael Jackson é seu pai?"

Paris disse: ''Eu adoraria!!''

Com isso, ela foi mais rápida do que os dedos dos pés... ''

 Extraído do livro Remember The Time: Protecting Michael Jackson in His Finals Days escrito por Bill Whitfield e Javon Beard - ex-guarda-costas de Michael Jackson.