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| Toni ‘Xtarlight’ Arias junto aos portões do rancho Neverland |
Uma entrevista com Toni ‘Xtarlight’ Árias. Este designer gráfico catalão que vive em Madrid é, provavelmente, a pessoa que mais conhece sobre Michael Jackson dentro da Espanha, e é um convidado regular em programas de rádio e televisão quando o assunto é o Rei do Pop.
Toni Árias foi criador de uma revista de fãs em sua juventude, é assessor do Cirque du Soleil para o show Michael Jackson ONE, chefe de equipe da ONG Heal The World For Children Spain e autor do livro Magia em movimento: Michael Jackson através de filmes e videogames.
1- Qual a primeira lembrança que você tem sobre ''se apaixonar'' por Michael Jackson?
Foi na véspera do Ano Novo de 1983 a 1984. Eu tinha oito anos de idade e, como a maioria da Espanha, ficava colado à TV assistindo o programa '84 Live', apresentado por Martes y Trece e Ana Obregón. Em um dado momento, incluindo as performances de Daniela Romo, The Platters, Rita Pavone e Camilo Sesto, eles escolheram para lançar um video que estava varrendo os Estados Unidos: Thriller.
Foi um choque. Eu não tinha visto nada assim, simplesmente não havia nada parecido. Não me lembro da minha reação, não sei se me assustou, só queria que as férias terminassem para eu chegar na escola e comentar. Michael já havia me alistado em suas fileiras de fãs incondicionais.
2- E ao perceber que você estava dedicando grande parte de sua vida à vida e obra do artista?
Tudo aconteceu da maneira mais natural. Eu sempre escutei música muito variada, mas ao longo do tempo ficou claro que a dele estava em outro nível. Ouvi-la ocasionalmente não era suficiente e eu consegui um pequeno livro sobre sua vida que terminou com uma lista de sua discografia. Eu pensei que não poderia deixar nada sem ouvir. Eu tenho todos os seus álbuns ao longo dos anos, todo um trabalho naqueles anos sem internet, para não mencionar os discos The Jacksons e The Jackson 5.
Havia um monte para se ouvir pela frente. Então você lê as letras das músicas e pensa no que o levou a dizer o que ele disse. E você pensa sobre como era a vida dele, e quer saber mais e procura mais bibliografia, e quase tudo está em inglês. E você aprende inglês.
E então, você começa a ler notícias que não se encaixam em você, a imprensa sensacionalista que tenta dar uma visão amarela, e você quer ir mais fundo. Investigar o maior número de informações quanto possível, e quando você tem isso e você vê que existem outros fãs que não fizeram esse esforço, queremos compartilhar com eles.
E você cria um fã-clube publicando uma revista quase artesanal a ser fotocopiada, grampeada e enviada aos membros a cada três meses. E a internet chega. Participar de chats e fóruns na tradução de notícias, procurar fotografias, organizar encontros, e depois criar seu próprio fórum e, eventualmente, criar uma ONG que ajuda as crianças a continuar o seu trabalho inacabado... E quando você percebe, a maioria das horas do seu dia, da sua semana e da sua vida se tornaram um trabalho de tempo integral, você tem que se reconciliar com a sua outra vida.
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| Toni Arias e Laura Serrano nos estúdios Westlake onde se gravou Thriller em 1982 |
3- É verdade que você conheceu sua companheira através do carinho por Michael Jackson?
Os sobrinhos de Michael gravaram seu primeiro álbum e estavam em turnê pela Europa para apresentá-lo. Seu pai, Tito Jackson, veio para Madri com eles e conhecer um dos Jackson originais parecia ser uma boa ideia.
Na porta do hotel onde estavam hospedados, encontramos muitos fãs. Em todas aquelas horas de espera acabei conversando com uma garota que acabou sendo quase minha vizinha. Começamos a nos encontrar para assistir a vídeos e ouvir música juntos e já passamos mais de 20 anos disso. Além de uma família, Laura e eu formamos uma equipe de trabalho em relação a MJ que não poderíamos realizar a menos que ambos estivéssemos 100% envolvidos nela.
4- Na sua opinião, quais são as razões da ligação emocional que tantas pessoas têm com Michael Jackson?
É difícil se colocar no lugar dos outros para responder a esta pergunta, acredito que cada pessoa terá sido atraída por uma faceta sua que a fez se conectar emocionalmente com ele.
Embora as circunstâncias da vida de Michael o tenham forçado a viver quase confinado, através de seu trabalho ele sempre tentou dar uma sensação de escapismo. Quando você sente a classe rara e percebe que é a raridade de Michael o que o torna grande, você estabelece uma ligação, é como se o seu amigo imaginário realmente existisse e você pode se identificar com ele.
Além disso, toda a sua vida foi pública, como no The Truman Show, nós o vimos crescer ao nosso lado. Quando tudo foi triunfo, você se sentiu orgulhoso de que seu esforço foi recompensado. Quando eles viraram a mesa, você sentiu pena e raiva vendo como ele foi esmagado pelos mesmos que o elevaram e você se sentiu novamente unido a ele em face da injustiça.
Com a sua perda, muitos de nós perdemos boa parte de nossas melhores e piores lembranças. Seu DNA foi misturado com o de muitas pessoas mais do que alguém poderia imaginar, por isso nunca será esquecido.
5- Qual é a opinião daqueles ao seu redor sobre sua paixão pelo Rei do Pop?
Eu conheci muitos fãs que viveram ou vivem ''no armário''. Eles tomam isso como uma paixão apenas por si mesmos e preferem não se descobrir em seus arredores. O chamado "fenômeno dos fãs" criou estereótipos que causaram muitos danos à imagem das pessoas que gostam da carreira de um artista.
No meu caso particular, acredito que a carrego com a dignidade que merece. Obviamente eu não vivo assim hoje, igual como quando eu era adolescente, mas ter sempre seguido uma linha contínua fez com que as pessoas ao meu redor, as quais pensavam que eu estava afetado por uma moda passageira, agora compreendessem que eu só buscava uma paixão que se tornou uma dos eixos da minha vida. Eu perdi a conta das pessoas que me disseram: "Eu gostaria de poder desfrutar de algo tanto quanto você gosta disso.''
6- Vamos direto ao ponto e no começo de tudo... Que parte da culpa dos traumas e do sucesso na carreira de MJ são do pai Joe Jackson? Você acha que ele é um abusador ou um gênio incompreendido?
Acredito que a grande maioria de seus traumas nasceu com o [mau] tratamento de seu pai. Por outro lado, eles vieram de um lugar muito difícil. Joe os tirou de gangues e drogas, mas não havia meio termo. A violência excessiva para alcançar um fim não pode ser descrita como gênio. Algumas de suas decisões de negócios funcionaram porque ele tinha um diamante bruto em suas mãos. Felizmente, ou infelizmente, nunca saberemos se existem outras maneiras de refiná-lo. Hoje ele teria sido acusado de exploração infantil, abuso físico e quem sabe de coisas piores.
7- Qual dos irmãos [homens] de Michael é o mais talentoso depois dele, na sua opinião?
Juntos eles formaram um grupo muito marcante por serem irmãos de diferentes idades e dedicando cada um ao seu papel na formação, mas a verdade é que eles tiveram que aprender a tocar os instrumentos em marchas forçadas para poder tocar em seus próprios shows, desde eles foram geralmente suplantados nos discos do grupo.
O único que levou uma carreira bastante decente foi Jermaine. Ele tinha voz e desenvolveu uma boa técnica para tocar baixo [ele aprendeu com James Jamerson e não se espera ter um professor melhor]. No entanto, o fato de viver sempre à sombra de Michael acabou lhe consumindo e descentralizando de uma carreira que poderia ter seguido outros caminhos.
4- Na sua opinião, quais são as razões da ligação emocional que tantas pessoas têm com Michael Jackson?
É difícil se colocar no lugar dos outros para responder a esta pergunta, acredito que cada pessoa terá sido atraída por uma faceta sua que a fez se conectar emocionalmente com ele.
Embora as circunstâncias da vida de Michael o tenham forçado a viver quase confinado, através de seu trabalho ele sempre tentou dar uma sensação de escapismo. Quando você sente a classe rara e percebe que é a raridade de Michael o que o torna grande, você estabelece uma ligação, é como se o seu amigo imaginário realmente existisse e você pode se identificar com ele.
Além disso, toda a sua vida foi pública, como no The Truman Show, nós o vimos crescer ao nosso lado. Quando tudo foi triunfo, você se sentiu orgulhoso de que seu esforço foi recompensado. Quando eles viraram a mesa, você sentiu pena e raiva vendo como ele foi esmagado pelos mesmos que o elevaram e você se sentiu novamente unido a ele em face da injustiça.
Com a sua perda, muitos de nós perdemos boa parte de nossas melhores e piores lembranças. Seu DNA foi misturado com o de muitas pessoas mais do que alguém poderia imaginar, por isso nunca será esquecido.
5- Qual é a opinião daqueles ao seu redor sobre sua paixão pelo Rei do Pop?
Eu conheci muitos fãs que viveram ou vivem ''no armário''. Eles tomam isso como uma paixão apenas por si mesmos e preferem não se descobrir em seus arredores. O chamado "fenômeno dos fãs" criou estereótipos que causaram muitos danos à imagem das pessoas que gostam da carreira de um artista.
No meu caso particular, acredito que a carrego com a dignidade que merece. Obviamente eu não vivo assim hoje, igual como quando eu era adolescente, mas ter sempre seguido uma linha contínua fez com que as pessoas ao meu redor, as quais pensavam que eu estava afetado por uma moda passageira, agora compreendessem que eu só buscava uma paixão que se tornou uma dos eixos da minha vida. Eu perdi a conta das pessoas que me disseram: "Eu gostaria de poder desfrutar de algo tanto quanto você gosta disso.''
6- Vamos direto ao ponto e no começo de tudo... Que parte da culpa dos traumas e do sucesso na carreira de MJ são do pai Joe Jackson? Você acha que ele é um abusador ou um gênio incompreendido?
Acredito que a grande maioria de seus traumas nasceu com o [mau] tratamento de seu pai. Por outro lado, eles vieram de um lugar muito difícil. Joe os tirou de gangues e drogas, mas não havia meio termo. A violência excessiva para alcançar um fim não pode ser descrita como gênio. Algumas de suas decisões de negócios funcionaram porque ele tinha um diamante bruto em suas mãos. Felizmente, ou infelizmente, nunca saberemos se existem outras maneiras de refiná-lo. Hoje ele teria sido acusado de exploração infantil, abuso físico e quem sabe de coisas piores.
7- Qual dos irmãos [homens] de Michael é o mais talentoso depois dele, na sua opinião?
Juntos eles formaram um grupo muito marcante por serem irmãos de diferentes idades e dedicando cada um ao seu papel na formação, mas a verdade é que eles tiveram que aprender a tocar os instrumentos em marchas forçadas para poder tocar em seus próprios shows, desde eles foram geralmente suplantados nos discos do grupo.
O único que levou uma carreira bastante decente foi Jermaine. Ele tinha voz e desenvolveu uma boa técnica para tocar baixo [ele aprendeu com James Jamerson e não se espera ter um professor melhor]. No entanto, o fato de viver sempre à sombra de Michael acabou lhe consumindo e descentralizando de uma carreira que poderia ter seguido outros caminhos.
8- Por que você acha que seu relacionamento com seus irmãos nunca foi realmente bom na idade adulta?
Michael sempre foi diferente do restante. Desde muito jovem, seu envolvimento em sua carreira foi total. Ele entendeu que ele era o motor da sua vida. Quando os irmãos cresceram e se distraíram de suas obrigações no grupo, Michael passou por momentos difíceis. Ele não queria interferência, especialmente das parceiras de seus irmãos. No final, eles se tornaram um fardo para Michael e este cortou os laços com eles em busca de mais liberdade criativa.
Quando os irmãos viram a maneira como Michael decolou com Off The Wall (1979) e depois com Thriller (1982), eles começaram a ficar tensos e invejosos. Então eles jogaram a toalha musicalmente e se dedicaram a viver de aluguel, especialmente os de seu irmão.
9- Por que você acha que Michael sentiu essa paixão por sua mãe, Katherine?
Por pura eliminação. Em um lar compartilhado com um pai abusivo e, eventualmente, com irmãos que suspeitavam de seu sucesso, Michael precisava de um abrigo, um ponto de referência para se sentir seguro. Michael via a mãe como uma santa, como o único vínculo familiar a partir do qual pudesse atrair amor.
Katherine tinha um papel muito complicado na família, especialmente quando se tratava de calar a boca do que via em casa. Seu papel na família era, em grande parte, mediar entre Joe e seus filhos. Ela sabia que ele era infiel e tentou se divorciar várias vezes, mas seu envolvimento como Testemunha de Jeová a impediu de dar o passo. Tanto Joe quanto o resto dos irmãos Jackson usaram isso como uma chave mestra para acessar Michael e nem sempre ela agiu no melhor interesse de seu filho.
10- Quanto há de talento e quanto há de esforço em uma carreira que desencadeia tanto o fanatismo como a lisonja sobre Michael Jackson?
Michael tinha um talento inato. Todos os profissionais que o cercaram quando criança testemunham isso. Motown não falou sobre qualquer outra coisa, Michael era uma força da natureza. Ele cantava com um sentimento impróprio para sua idade e suas experiências. Ele dançava com uma perfeição e técnica que ele só aprendeu assistindo seus artistas favoritos na televisão.
Seu grande sucesso foi cultivar todo esse potencial e usar a frase "estudar os grandes para se tornar maior" como um leitor motivado. Passava horas em estúdios de gravação aprendendo como músicos, produtores, engenheiros e técnicos trabalhavam. Repetia por horas o menor movimento de sua coreografia até que tudo fluísse naturalmente.
Depois de terminar seus shows, ele costumava pedir uma gravação do show para estudá-la em seu quarto de hotel e melhorar os mínimos detalhes dia a dia. Sua ética de trabalho seria equivalente à preparação de um atleta de elite. Ninguém pode estar no topo por tantos anos sem esforço e dedicação total.
11- Qual você acha que foi o momento em que Michael deixou de ser uma criança com um talento extraordinário para ser um tipo de Mito para muitos?
Eu colocaria esse momento entre 1983-1984 nos EUA e entre 1987-1989 no resto do mundo. O impacto da era Thriller nos Estados Unidos o elevou à estratosfera. Ele conseguiu que a recente MTV agendasse seus vídeos, algo que não era comum em artistas negros. Vídeos como Beat It ou Billie Jean causaram um furor, mudou a moda, como dançar... Logo depois Michael seria convidado para se apresentar no especial Motown 25, onde ele insistiu em cantar Billie Jean.
Milhões de pessoas participaram do nascimento do Moonwalk. As vendas de Thriller se multiplicaram exponencialmente e superaram todos os recordes de vendas. Quando parecia que tudo estava acabado, ele lançou o vídeo Thriller, ele criou a tempestade perfeita que se completou como ele poderia acoplar uma turnê de despedida com seus irmãos. O vídeo dos zumbis saltou para o resto do mundo, mas não foi até que ele lançasse Bad, quando suas novas músicas, videos e sua turnê mundial provocassem a Michaelmanía em nível global.
12- Quantas vezes você o viu pessoalmente?
Fora do palco, eu tive a oportunidade de vê-lo depois de passar incontáveis horas nas portas dos hotéis onde ele estava hospedado, em cerimônias de premiação, festas que ele frequentava, até mesmo em seu julgamento infame.
Michael sempre foi diferente do restante. Desde muito jovem, seu envolvimento em sua carreira foi total. Ele entendeu que ele era o motor da sua vida. Quando os irmãos cresceram e se distraíram de suas obrigações no grupo, Michael passou por momentos difíceis. Ele não queria interferência, especialmente das parceiras de seus irmãos. No final, eles se tornaram um fardo para Michael e este cortou os laços com eles em busca de mais liberdade criativa.
Quando os irmãos viram a maneira como Michael decolou com Off The Wall (1979) e depois com Thriller (1982), eles começaram a ficar tensos e invejosos. Então eles jogaram a toalha musicalmente e se dedicaram a viver de aluguel, especialmente os de seu irmão.
9- Por que você acha que Michael sentiu essa paixão por sua mãe, Katherine?
Por pura eliminação. Em um lar compartilhado com um pai abusivo e, eventualmente, com irmãos que suspeitavam de seu sucesso, Michael precisava de um abrigo, um ponto de referência para se sentir seguro. Michael via a mãe como uma santa, como o único vínculo familiar a partir do qual pudesse atrair amor.
Katherine tinha um papel muito complicado na família, especialmente quando se tratava de calar a boca do que via em casa. Seu papel na família era, em grande parte, mediar entre Joe e seus filhos. Ela sabia que ele era infiel e tentou se divorciar várias vezes, mas seu envolvimento como Testemunha de Jeová a impediu de dar o passo. Tanto Joe quanto o resto dos irmãos Jackson usaram isso como uma chave mestra para acessar Michael e nem sempre ela agiu no melhor interesse de seu filho.
10- Quanto há de talento e quanto há de esforço em uma carreira que desencadeia tanto o fanatismo como a lisonja sobre Michael Jackson?
Michael tinha um talento inato. Todos os profissionais que o cercaram quando criança testemunham isso. Motown não falou sobre qualquer outra coisa, Michael era uma força da natureza. Ele cantava com um sentimento impróprio para sua idade e suas experiências. Ele dançava com uma perfeição e técnica que ele só aprendeu assistindo seus artistas favoritos na televisão.
Seu grande sucesso foi cultivar todo esse potencial e usar a frase "estudar os grandes para se tornar maior" como um leitor motivado. Passava horas em estúdios de gravação aprendendo como músicos, produtores, engenheiros e técnicos trabalhavam. Repetia por horas o menor movimento de sua coreografia até que tudo fluísse naturalmente.
Depois de terminar seus shows, ele costumava pedir uma gravação do show para estudá-la em seu quarto de hotel e melhorar os mínimos detalhes dia a dia. Sua ética de trabalho seria equivalente à preparação de um atleta de elite. Ninguém pode estar no topo por tantos anos sem esforço e dedicação total.
11- Qual você acha que foi o momento em que Michael deixou de ser uma criança com um talento extraordinário para ser um tipo de Mito para muitos?
Eu colocaria esse momento entre 1983-1984 nos EUA e entre 1987-1989 no resto do mundo. O impacto da era Thriller nos Estados Unidos o elevou à estratosfera. Ele conseguiu que a recente MTV agendasse seus vídeos, algo que não era comum em artistas negros. Vídeos como Beat It ou Billie Jean causaram um furor, mudou a moda, como dançar... Logo depois Michael seria convidado para se apresentar no especial Motown 25, onde ele insistiu em cantar Billie Jean.
Milhões de pessoas participaram do nascimento do Moonwalk. As vendas de Thriller se multiplicaram exponencialmente e superaram todos os recordes de vendas. Quando parecia que tudo estava acabado, ele lançou o vídeo Thriller, ele criou a tempestade perfeita que se completou como ele poderia acoplar uma turnê de despedida com seus irmãos. O vídeo dos zumbis saltou para o resto do mundo, mas não foi até que ele lançasse Bad, quando suas novas músicas, videos e sua turnê mundial provocassem a Michaelmanía em nível global.
12- Quantas vezes você o viu pessoalmente?
Fora do palco, eu tive a oportunidade de vê-lo depois de passar incontáveis horas nas portas dos hotéis onde ele estava hospedado, em cerimônias de premiação, festas que ele frequentava, até mesmo em seu julgamento infame.
A última vez foi durante a conferência de imprensa em que ele anunciou os shows This Is It. Recapitulando, pude vê-lo em Zaragoza (1996), Bremen (1997), Munique (1999), Londres (2001), Nova York (2001), Londres (2002), Berlim (2002), Los Angeles (2003), Santa Maria ( 2005), Londres (2006), Las Vegas (2008) e Londres (2009).
13- E em quantos concertos?
Meu primeiro concerto, que coincidiu com a primeira vez que o vi pessoalmente, foi em Madri (1992) como parte da Dangerous Tour. Na próxima turnê, eu iria desfrutar dos shows de Zaragoza (1996), Bremen (1997), Londres (1997) e Valladolid (1997). Não havia mais turnês, mas havia alguns shows especiais que eu poderia assistir. Foi o "Michael Jackson & Friends" de Munique, em 1999, ambos os concertos do 30 º aniversário de carreira (2001), que foram seus últimos shows.
14- Qual foi a sua melhor experiência? Você pôde falar com ele?
Um dos melhores momentos da minha vida foi, precisamente, sem ele. Em 1998 pude passar o dia em seu rancho Neverland. Michael estava em Los Angeles gravando seu próximo álbum. Apesar de não poder vê-lo, a experiência mudou minha vida por diferentes razões. Meu maior encontro na terceira fase foi quando, dando um passeio por Londres, minha esposa e eu encontramos seu carro estacionado em frente a uma galeria de fotos. Michael deixara o anonimato de seu hotel e ninguém sabia que ele estava ali.
Nós optamos por conversar com seu guarda-costas para que ele soubesse que estávamos lá, para que ele não ficasse nervoso quando Michael fosse embora e começasse o pandemônio habitual. Ele nos prometeu que, se nos comportássemos bem e não houvesse perigo, ele teria um momento conosco.
13- E em quantos concertos?
Meu primeiro concerto, que coincidiu com a primeira vez que o vi pessoalmente, foi em Madri (1992) como parte da Dangerous Tour. Na próxima turnê, eu iria desfrutar dos shows de Zaragoza (1996), Bremen (1997), Londres (1997) e Valladolid (1997). Não havia mais turnês, mas havia alguns shows especiais que eu poderia assistir. Foi o "Michael Jackson & Friends" de Munique, em 1999, ambos os concertos do 30 º aniversário de carreira (2001), que foram seus últimos shows.
14- Qual foi a sua melhor experiência? Você pôde falar com ele?
Um dos melhores momentos da minha vida foi, precisamente, sem ele. Em 1998 pude passar o dia em seu rancho Neverland. Michael estava em Los Angeles gravando seu próximo álbum. Apesar de não poder vê-lo, a experiência mudou minha vida por diferentes razões. Meu maior encontro na terceira fase foi quando, dando um passeio por Londres, minha esposa e eu encontramos seu carro estacionado em frente a uma galeria de fotos. Michael deixara o anonimato de seu hotel e ninguém sabia que ele estava ali.
Nós optamos por conversar com seu guarda-costas para que ele soubesse que estávamos lá, para que ele não ficasse nervoso quando Michael fosse embora e começasse o pandemônio habitual. Ele nos prometeu que, se nos comportássemos bem e não houvesse perigo, ele teria um momento conosco.
Embora ninguém esperasse, quando Michael pôs os pés na rua, a loucura começou e tudo saiu de controle. Achamos que tínhamos perdido a oportunidade de cumprimentá-lo, mas nada poderia estar mais longe da verdade. O guarda-costas manteve sua palavra e abriu a porta do carro para eu falar com Michael.
A situação era surreal. Eu não conseguia articular uma palavra. Foi ele quem quebrou o gelo perguntando se eu queria um autógrafo. O mundo de cabeça para baixo. Laura salvou a situação e começou a conversar com ele com naturalidade. Foram inesquecíveis minutos. Em outras ocasiões, eu conseguia apertar sua mão, lhe dar presentes ou trocar algumas palavras, mas nunca ao nível de me sentar com ele cara a cara.
15- Quais são, na sua opinião, suas três melhores músicas?
Eu sempre temi essas perguntas. Billie Jean está acima de todas, sem dúvida. Eu colocaria Man In The Mirror como segunda. De lá para baixo a coisa fica complicada e depende do momento em que eu for pego, talvez no momento eu diga Don’t Stop ’til You Get Enough, talvez amanhã eu diga Earth Song.
16- E seus três melhores álbuns? [em ordem]
Idem. É como me perguntar se gosto mais de meu pai ou de minha mãe. Os álbuns do MJ são tão diferentes uns dos outros que é difícil classificá-los. Bad e Thriller na posição 1 e 2 indistintamente. Dangerous na posição 3.
17- E três melhores videos musicais?
Smooth Criminal, Thriller, Black Or White.
A situação era surreal. Eu não conseguia articular uma palavra. Foi ele quem quebrou o gelo perguntando se eu queria um autógrafo. O mundo de cabeça para baixo. Laura salvou a situação e começou a conversar com ele com naturalidade. Foram inesquecíveis minutos. Em outras ocasiões, eu conseguia apertar sua mão, lhe dar presentes ou trocar algumas palavras, mas nunca ao nível de me sentar com ele cara a cara.
15- Quais são, na sua opinião, suas três melhores músicas?
Eu sempre temi essas perguntas. Billie Jean está acima de todas, sem dúvida. Eu colocaria Man In The Mirror como segunda. De lá para baixo a coisa fica complicada e depende do momento em que eu for pego, talvez no momento eu diga Don’t Stop ’til You Get Enough, talvez amanhã eu diga Earth Song.
16- E seus três melhores álbuns? [em ordem]
Idem. É como me perguntar se gosto mais de meu pai ou de minha mãe. Os álbuns do MJ são tão diferentes uns dos outros que é difícil classificá-los. Bad e Thriller na posição 1 e 2 indistintamente. Dangerous na posição 3.
17- E três melhores videos musicais?
Smooth Criminal, Thriller, Black Or White.
18- E as três melhores turnês?
Bad Tour 1988, Triumph Tour 1981, Dangerous Tour 1992.
Bad Tour 1988, Triumph Tour 1981, Dangerous Tour 1992.
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| Ensaios do Circo del Soleil em Las Vegas para Michael Jackson One |
19- Na sua opinião, quais são as maiores influências de Michael Jackson em todas as facetas de sua carreira?
Michael sabia extrair com precisão cirúrgica o que ele precisava de cada um. Ele recebeu influências de alguns dos maiores de seus respectivos gêneros: Jackie Wilson, James Brown, Stevie Wonder, Ray Charles, Chuck Berry, Little Richard, Sammy Davis Jr., Sly Stone, Marvin Gaye, The Beatles, Bob Fosse, Fred Astaire, Gene Kelly, Judy Garland, no entanto houve outras menos previsíveis como Debussy, Mozart ou atores como Marlon Brando... a lista é interminável.
Adicionar algumas gotas de cada um desses talentos teria que se conformar com o DNA de um super-herói dos cenários, no entanto todos esses artistas estiveram lá e ninguém atingiu o nível de execução que veio para Michael. Isso mostra que seu próprio gênio foi o ingrediente que fez a fórmula funcionar.
20- Quais você diria que foram os amigos mais fiéis de MJ durante toda a sua vida?
Infelizmente poucos. Nem todos suportaram a pressão de ficar ao seu lado quando as coisas ficaram ruins. Os citados Marlon Brando e Elizabeth Taylor poderiam entrar naquele pequeno círculo de pessoas que não sucumbiram.
21- Você acha que ele realmente estava apaixonado por Lisa Marie Presley ou que foi ela quem realmente estava apaixonada?
Como tantos outros, no começo eu duvidei desse relacionamento, mas ao longo dos anos, e ouvindo depoimentos daqueles que estavam próximos do casal, parece que não se tratava de um mero relacionamento de conveniência. Infelizmente, ambos levaram vidas que tornaram um casamento relativamente tradicional muito difícil.
22- Como você acha que teria sido a vida de MJ sem o acidente com a Pepsi e sua subsequente dor crônica?
Aquele acidente acabou destruindo sua vida. Se ele tivesse seguido o estilo de vida que tinha antes do evento, ele poderia ter acabado tendo outros problemas, mas com um registro médico limpo, ele poderia ter encarado sua vida e carreira com uma perspectiva diferente.
23- Por que você acha que ele era especialmente sensível aos danos aos animais, à natureza e às desigualdades econômicas e sociais?
Suponho que ele se via como um ser vulnerável mas, por causa de seu status de mídia, ele tinha uma plataforma para defender certas causas que o preocupavam. Eu acho que ele era uma pessoa com uma grande empatia e uma ilusão para alcançar seus objetivos, o que fazia com que nada parecesse um desafio suficiente. Ele sabia que não podia mudar o mundo sozinho mas, mesmo assim, nunca parou de tentar fazer coisas pequenas ou grandes que supunham mudanças sociais ou humanitárias.
24- Você acha que pontos como o teaser de HIStory ou They Don’t Care About Us são vídeos com uma carga esquerdista?
Eu não sei se conscientemente. Ele sempre evitava falar de política, embora apoiasse os eventos em favor dos democratas e tivesse um bom relacionamento com os presidentes democratas, como Jimmy Carter ou Bill Clinton, e fosse um defensor de John F. Kennedy. Eu acho que ambos os exemplos de vídeos são muito diferentes.
O Teaser do HIStory, em que alguns veem uma acusação de esquerda, outros vêem uma alegoria nazista. Acho que foi simplesmente uma chamada brutal ao mundo com uma imagem provocativa que não deixou ninguém indiferente. Com sua gigantesca estátua recebendo a adoração do público que tentam suprimir, foi colocada acima de absolutamente tudo estabelecido.
O caso de They Don’t Care About Us tem muito mais implicações políticas, sobre lutar contra os oprimidos, contra o racismo, contra a violência sem sentido.
25- Você acha que esses vídeos, sua mensagem e sua influência são parte da razão pela qual ele foi difamado?
Sem duvida. Algumas de suas mensagens se tornaram socos diretos nos estômagos de muitas pessoas poderosas. A primeira versão de They Don’t Care About Us foi censurada nos Estados Unidos ou relegada às horas noturnas por seu conteúdo, que basicamente denunciava a violência policial e racial no país ou o desastre das guerras no mundo. Demasiado gráfico para os poderosos.
26- Quanto dinheiro Michael Jackson doou para causas de caridade ao longo de sua vida?
Algumas pessoas estimam que mais de 500 milhões de dólares, mas o número é incontável. Em 2000, ele apareceu no Guinness Book por ser o famoso colaborador de mais instituições de caridade do mundo. Agora é comum ver como os artistas se reúnem em face do infortúnio, mas não foi tanto quando Michael compôs We Are The World com Lionel Richie.
A campanha gerou mais de 63 milhões de dólares [o equivalente a 123 milhões de euros hoje]. O impacto na fome de África foi tal que o pão que eles assaram com a farinha de trigo que receberam como doação era conhecido como "Pão Michael".
Ele também foi um dos primeiros a se juntar a Elizabeth Taylor em sua luta contra a AIDS, quando outros artistas estavam relutantes em apoiar tal causa. Ele doou uma grande parte dos lucros produzidos por suas turnês. Quando a Victory Tour terminou, por exemplo, ele doou 100% de seus lucros, parte deles para uma campanha de bolsas de estudo para que os estudantes negros pudessem frequentar a Universidade.
Ele equipou um departamento no Mount Sinai Hospital, em New York, com uma unidade de pesquisa sobre o câncer. Ele renunciou à sua compensação após o acidente na filmagem do anúncio da Pepsi, para que o dinheiro fosse usado para criar uma área de queimados no hospital que o tratou. A lista de exemplos é interminável, mas os números que ele dedicou a causas de caridade são impossíveis de calcular porque a maior parte de suas contribuições estava em doações e ajuda anônimas.
Na maioria dos países que visitou durante as turnês, Michael costumava visitar hospitais e orfanatos para descobrir de que material necessitavam para que trabalhassem em melhores condições. Então os cheques chegaram. Seu rancho Neverland foi construído para receber instituições de caridade com crianças que estavam doentes ou em risco de exclusão social, que poderiam esquecer seus problemas por algumas horas desfrutando de seu parque de diversões e cinema.
Além de trabalhar com diferentes associações, em 1992 Michael fundou sua própria Fundação Heal The World como um instrumento para combater as doenças da infância e a pobreza no mundo, realizando ações humanitárias em lugares de conflito como Sarajevo.
Em seu testamento, ele indicou que pelo menos 20% de seus lucros deveriam ser destinados a instituições de caridade.
27- Nos conte sobre a ONG ''Heal The World For Children Spain'', claramente inspirada na Fundação Michael Jackson.
O HTWFC nasceu em 2009. Com a perda de Michael, ficamos sem um artista insubstituível, mas também sem uma pessoa altruísta que beneficiou tantas pessoas. O fato de seu funeral ter atraído pessoas de diferentes países do mundo levou à idéia de criar uma pequena rede de organizações inspiradas pelo trabalho humanitário de Michael, trabalhando localmente em benefício principalmente de crianças e da natureza. Foi sobre colocar em prática e compartilhar com o mundo o que aprendemos com ele durante todos esses anos.
25- Você acha que esses vídeos, sua mensagem e sua influência são parte da razão pela qual ele foi difamado?
Sem duvida. Algumas de suas mensagens se tornaram socos diretos nos estômagos de muitas pessoas poderosas. A primeira versão de They Don’t Care About Us foi censurada nos Estados Unidos ou relegada às horas noturnas por seu conteúdo, que basicamente denunciava a violência policial e racial no país ou o desastre das guerras no mundo. Demasiado gráfico para os poderosos.
26- Quanto dinheiro Michael Jackson doou para causas de caridade ao longo de sua vida?
Algumas pessoas estimam que mais de 500 milhões de dólares, mas o número é incontável. Em 2000, ele apareceu no Guinness Book por ser o famoso colaborador de mais instituições de caridade do mundo. Agora é comum ver como os artistas se reúnem em face do infortúnio, mas não foi tanto quando Michael compôs We Are The World com Lionel Richie.
A campanha gerou mais de 63 milhões de dólares [o equivalente a 123 milhões de euros hoje]. O impacto na fome de África foi tal que o pão que eles assaram com a farinha de trigo que receberam como doação era conhecido como "Pão Michael".
Ele também foi um dos primeiros a se juntar a Elizabeth Taylor em sua luta contra a AIDS, quando outros artistas estavam relutantes em apoiar tal causa. Ele doou uma grande parte dos lucros produzidos por suas turnês. Quando a Victory Tour terminou, por exemplo, ele doou 100% de seus lucros, parte deles para uma campanha de bolsas de estudo para que os estudantes negros pudessem frequentar a Universidade.
Ele equipou um departamento no Mount Sinai Hospital, em New York, com uma unidade de pesquisa sobre o câncer. Ele renunciou à sua compensação após o acidente na filmagem do anúncio da Pepsi, para que o dinheiro fosse usado para criar uma área de queimados no hospital que o tratou. A lista de exemplos é interminável, mas os números que ele dedicou a causas de caridade são impossíveis de calcular porque a maior parte de suas contribuições estava em doações e ajuda anônimas.
Na maioria dos países que visitou durante as turnês, Michael costumava visitar hospitais e orfanatos para descobrir de que material necessitavam para que trabalhassem em melhores condições. Então os cheques chegaram. Seu rancho Neverland foi construído para receber instituições de caridade com crianças que estavam doentes ou em risco de exclusão social, que poderiam esquecer seus problemas por algumas horas desfrutando de seu parque de diversões e cinema.
Além de trabalhar com diferentes associações, em 1992 Michael fundou sua própria Fundação Heal The World como um instrumento para combater as doenças da infância e a pobreza no mundo, realizando ações humanitárias em lugares de conflito como Sarajevo.
Em seu testamento, ele indicou que pelo menos 20% de seus lucros deveriam ser destinados a instituições de caridade.
27- Nos conte sobre a ONG ''Heal The World For Children Spain'', claramente inspirada na Fundação Michael Jackson.
O HTWFC nasceu em 2009. Com a perda de Michael, ficamos sem um artista insubstituível, mas também sem uma pessoa altruísta que beneficiou tantas pessoas. O fato de seu funeral ter atraído pessoas de diferentes países do mundo levou à idéia de criar uma pequena rede de organizações inspiradas pelo trabalho humanitário de Michael, trabalhando localmente em benefício principalmente de crianças e da natureza. Foi sobre colocar em prática e compartilhar com o mundo o que aprendemos com ele durante todos esses anos.
A organização foi inicialmente registrada nos Estados Unidos e na Inglaterra e bases operacionais foram criadas no México, Itália, França e Romênia. Para a sede da Espanha, pensávamos em nós, já que organizávamos eventos com fãs espanhóis há anos.
Pessoalmente, depois da perda de Michael, não tive forças para começar algo assim, mas Laura achou que, ao se envolver em ajudar os outros em nome de Michael, poderia ser uma espécie de terapia. Algo novo para lutar. Heal The World For Children Spain nasceu, uma organização totalmente apoiada pelo trabalho voluntário de seguidores de Michael e pessoas com uma vocação para ajudar os outros.
Todos os anos fazemos algumas atividades fixas, tais como o Dia Universal da Criança [visitando um hospital infantil no Natal carregado de presentes], o Dia da Terra [com atividades relacionadas ao meio ambiente, tais como atividades de plantio de árvores], o Festival das Crianças [fazendo uma festa infantil para marcar o Aniversário de MJ], etc.
Há também ações esporádicas, como visitas ao teatro, pistas de skate, festas para menores, etc. Todas estas atividades são realizadas com crianças em risco de exclusão social ou doentes e, claro, com a colaboração de voluntários e seus filhos que participam e aproveitam os eventos com os demais.
Nos primeiros anos, juntamente com o resto dos países com sede do HTWFC, ações globais foram realizadas para beneficiar lugares como Serra Leoa, Camboja, Romênia. Infelizmente, a enorme quantidade de trabalho que requer lidar com uma ONG desses recursos [tempo compatível com o emprego e conciliar família, amigos ou lazer], fez com que os outros países fossem perdendo o fôlego e gradualmente deixando de funcionar.
Pessoalmente, depois da perda de Michael, não tive forças para começar algo assim, mas Laura achou que, ao se envolver em ajudar os outros em nome de Michael, poderia ser uma espécie de terapia. Algo novo para lutar. Heal The World For Children Spain nasceu, uma organização totalmente apoiada pelo trabalho voluntário de seguidores de Michael e pessoas com uma vocação para ajudar os outros.
Todos os anos fazemos algumas atividades fixas, tais como o Dia Universal da Criança [visitando um hospital infantil no Natal carregado de presentes], o Dia da Terra [com atividades relacionadas ao meio ambiente, tais como atividades de plantio de árvores], o Festival das Crianças [fazendo uma festa infantil para marcar o Aniversário de MJ], etc.
Há também ações esporádicas, como visitas ao teatro, pistas de skate, festas para menores, etc. Todas estas atividades são realizadas com crianças em risco de exclusão social ou doentes e, claro, com a colaboração de voluntários e seus filhos que participam e aproveitam os eventos com os demais.
Nos primeiros anos, juntamente com o resto dos países com sede do HTWFC, ações globais foram realizadas para beneficiar lugares como Serra Leoa, Camboja, Romênia. Infelizmente, a enorme quantidade de trabalho que requer lidar com uma ONG desses recursos [tempo compatível com o emprego e conciliar família, amigos ou lazer], fez com que os outros países fossem perdendo o fôlego e gradualmente deixando de funcionar.
O caso da Espanha é o oposto. HTWFC Espanha continua a crescer ano após ano e estamos orgulhosos de ter alcançado grandes coisas para o benefício de muitas famílias e, apesar de sermos uma pequena ONG e os nossos recursos serem muito limitados [já que não temos ajuda externa e nossa única ativos são doações e trabalho voluntário], todos os anos estamos fazendo mais atividades. 100% do dinheiro doado é usado nas atividades da ONG, que é auditada anualmente pela Charities Aid Foundation of America [CAF América].
28- Você acha que houve realmente um impacto positivo na música e na mensagem de MJ?
Estou certo. Eu pessoalmente conheço muitas pessoas que adotaram a filosofia e a mensagem de Michael, tanto através de sua música quanto de suas ações, como um modo de vida. Acredito que o mundo precisa de mais desses impactos e mensagens positivas de maneiras tão atraentes quanto a música. Infelizmente, a situação atual é sombria.
29- Como você foi chamado para aconselhar o próprio Cirque du Soleil em seu programa sobre MJ? Como está a experiência?
O Espólio de Michael Jackson, algo como o Conselho de herdeiros e gerentes que carregam o legado do artista, incorreram em alguns erros sérios com iniciativas anteriores e com os quais somos muito críticos. Possivelmente, com o objetivo de não deixá-los escapar de qualquer detalhe que causasse descontentamento entre a comunidade de seguidores, eles decidiram ter suas opiniões.
O Espólio e o Cirque levaram Laura e a mim juntamente com outros dez fãs de diferentes países e culturas do mundo para Las Vegas, a fim de assistir a um ensaio geral dos artistas do show, para liberar a loja de merchandising, etc. com várias reuniões com os diretores de ambas as empresas em que expusemos prós e contras de cada detalhe da experiência.
Foi gratificante ver que, pela primeira vez, ele contava com a opinião pública objetiva de Michael.
30- Mudamos de assunto drasticamente Você acha que houve uma comunicação muito forte nas acusações de pedofilia e muito fraca quando se provou inocente? O que você acha que é devido?
Não é nenhum segredo que más notícias estão sendo vendidas e boas notícias não são tão chamativas. A vida de Michael sempre foi assim, grandes manchetes escandalosas que terminaram com uma nota de rodapé, na melhor das hipóteses, quando houve uma negação ou uma vitória legal para ele.
O caso da acusação de pedofilia foi a mãe de todas as notícias. Durante o julgamento, viajamos para Santa Maria para apoiá-lo. Nos sentíamos em dívida com tudo o que ele nos deu e não daríamos as costas a ele em seu pior momento. Enquanto estávamos lá, vimos como os jornalistas deixaram a sala para enviar notícias para suas respectivas mídias, após o interrogatório do Ministério Público.
Durante o interrogatório da defesa, eles nem sequer ficaram para ouvir, quando os depoimentos acusatórios foram desmantelados, já não era tão importante.
O julgamento deu origem a manchetes completamente distorcidas do que estava acontecendo no tribunal, deixando o público com a sensação inequívoca de que o veredicto seria culpado. Para aqueles de nós que acompanharam cada depoimento, e lemos a transcrição de cada ato diariamente durante meses, não havia dúvida de que apenas a absolvição era permitida.
31- Agora queremos que você fique realmente chacoalhado. Você acha que a morte de MJ foi involuntária?
Tudo indica que sim e sinceramente é no que eu acredito. Foi um erro humano apoiado por uma insultante quantidade de negligência que estava acontecendo todos os dias, enquanto todos olhavam para o outro lado. Michael se deteriorou fisicamente e mentalmente na frente de todos em questão de dias e a única maneira de evitar isso era cancelar a turnê. Com todos os ingressos vendidos para os 50 shows oferecidos, ninguém queria enfrentar uma onda de demandas massivas. Além disso, Michael estava em dívida com eles. Você só tinha que apertar os parafusos um pouco mais para que ele saísse para atuar.
32- Você acha que se não fosse por This Is It, Michael Jackson ainda estaria vivo?
Michael precisava de um projeto para gerar liquidez. O julgamento tinha terminado com a sua carreira [não devemos esquecer que a acusação apareceu 'coincidentemente' no mesmo dia em que foi lançada uma compilação que levaria uma turnê promocional para diferentes países e, obviamente, foi cancelada], então ele teve que escolher entre os projetos que foram oferecidos a ele.
Sua ideia era fazer filmes ou algo que você deveria menos desgaste físico, mas ficou claro que qualquer promotor veria nele uma oportunidade de 'retorno' maior do que o retorno de Elvis em 68. Isto não parece uma má ideia a princípio, mas a rigidez dos prazos e a falta de respeito pelo artista dinamitaram o que poderia ter sido uma retirada digna dos palcos.
33- Por que você acha que a morte dele foi tão difícil para tantas pessoas?
Quer gostássemos ou não, a sua música e a sua imagem estiveram conosco durante muitos anos. Quando ele morreu, muitas pessoas foram ativadas nesse canto da memória onde havia uma memória associada a ele. Também nos deu a sensação de que alguém assim nunca pode perder, que ele é um deus do Olimpo. E, finalmente, há a legião mundial de fãs que têm desfrutado quase diariamente, parte de nossas vidas diárias, vivíamos à espera de notícias de um novo álbum, um novo concerto, ou apenas sentíamos que ele merecia dar um tempo e se dedicar a ver seus três filhos crescerem. Uma morte prematura sempre surpreende e magoa, mas com isso, se foi também uma boa parte de muitas pessoas.
34- Como você acha que MJ será lembrado nas próximas décadas?
Como um dos últimos grandes artistas e ícones da história do entretenimento. Como alguém que tentou fazer milhões de pessoas felizes e ele conseguiu, mesmo à custa de sua própria felicidade. Como uma pessoa que quebrou moldes e barreiras raciais. Como um exemplo de compaixão e humanidade. Pelo menos é assim como ele deveria ser lembrado.
35- Você se sente feliz por ter coincidido ao mesmo tempo histórico com Michael Jackson?
Todos os dias da minha vida. Toda vez que vejo crianças vestidas como ele, imitando suas coreografias ou a participar de seus tributos, não posso deixar de me sentir feliz por elas... elas não se deixaram contaminar pelas modas do momento e estão apreciando um cara que começou a cantar com a idade que elas têm agora, mas no século passado, misturado com a tristeza de saber que elas serão capazes de senti-lo, mas nunca vê-la.
Hoje nascerão as crianças que se tornarão entusiastas de Mozart, que faleceu há mais de duzentos anos atrás e nunca surgirá a oportunidade de ter coincidido em seu contexto histórico, mas e sobre todas aquelas pessoas que conheceram Michael Jackson em 2009? Estas nunca removerão o mau gosto em suas bocas de terem estado lá e de tê-lo perdido por tão pouco tempo.
36- O que você diria para alguém que pensa que MJ é superestimado?
Eu diria que, no meu modo de pensar, MJ ainda está subvalorizado. Com um pouco de sorte e fatos sobre a mesa, poderíamos negociar até nos aproximarmos. Coincidentemente hoje aconteceu comigo. Um perfil do Facebook focado na nostalgia dos anos 80 lembrou a capa do álbum Bad (1987). O comentário de um dos usuários foi que MJ foi superestimado e que ele o considerava apenas um cantor, não um compositor. Das onze músicas do álbum, nove são compostas por Michael Jackson. Façam críticas com base, por favor.
37- Até que ponto você consegue se emocionar com algumas de suas músicas ou vídeos?
Depende do meu humor quando ouço certas músicas. A mesma música ou vídeo pode causar diferentes sensações dependendo do momento, embora eu tenha ouvido milhares de vezes, eu sempre posso desfrutar de nuances que ainda estimulam ou despertam alguma memória relacionada a elas.
Durante as horas de trabalho eu costumo ouvir música. Há sempre um parceiro que me pergunta por que eu quase nunca ouço música de Michael Jackson, quando eles sabem que ele é meu ídolo. Bem precisamente por causa disso. Uma coisa é ''ouvir música'' e outra bem diferente é ''escutá-la'', o que eu prefiro fazer em particular. Você apreciaria caviar se você comesse todos os dias?
38- Como surgiu a ideia do seu livro "Michael Jackson; magia em movimento. Através de filmes e videogames"?
"Toni, algum dia você deveria escrever um livro sobre o MJ". Eu perdi a conta das vezes que ouvi essa frase. Não posso negar que não tinha estado na minha cabeça, mas a falta de tempo principalmente e a falta de um tema específico, me fez desprezar a ideia como ela veio. No entanto, um dia, um editor que participou do fórum que eu gerenciei, o HideOut Michael Jackson, entrou em contato comigo porque eu queria publicar um livro sobre o artista em sua Applehead Team Creaciones.
O problema é que a editora está focada principalmente no cinema, e a mudança de Michael para o cinema não foi exatamente um grande feito digno de encobrir um volume para a história. É a primeira coisa que eu disse. Michael participou de The Wizard (1978) tocando Scarecrow nesta versão afro-americana de The Wizard of Oz.
Ele também fez um curta em 3D para os parques da Disney e seu próprio filme, esse video de 90 minutos intitulado Moonwalker. Deu um bom artigo, mas não encheu um livro.
Durante o interrogatório da defesa, eles nem sequer ficaram para ouvir, quando os depoimentos acusatórios foram desmantelados, já não era tão importante.
O julgamento deu origem a manchetes completamente distorcidas do que estava acontecendo no tribunal, deixando o público com a sensação inequívoca de que o veredicto seria culpado. Para aqueles de nós que acompanharam cada depoimento, e lemos a transcrição de cada ato diariamente durante meses, não havia dúvida de que apenas a absolvição era permitida.
31- Agora queremos que você fique realmente chacoalhado. Você acha que a morte de MJ foi involuntária?
Tudo indica que sim e sinceramente é no que eu acredito. Foi um erro humano apoiado por uma insultante quantidade de negligência que estava acontecendo todos os dias, enquanto todos olhavam para o outro lado. Michael se deteriorou fisicamente e mentalmente na frente de todos em questão de dias e a única maneira de evitar isso era cancelar a turnê. Com todos os ingressos vendidos para os 50 shows oferecidos, ninguém queria enfrentar uma onda de demandas massivas. Além disso, Michael estava em dívida com eles. Você só tinha que apertar os parafusos um pouco mais para que ele saísse para atuar.
32- Você acha que se não fosse por This Is It, Michael Jackson ainda estaria vivo?
Michael precisava de um projeto para gerar liquidez. O julgamento tinha terminado com a sua carreira [não devemos esquecer que a acusação apareceu 'coincidentemente' no mesmo dia em que foi lançada uma compilação que levaria uma turnê promocional para diferentes países e, obviamente, foi cancelada], então ele teve que escolher entre os projetos que foram oferecidos a ele.
Sua ideia era fazer filmes ou algo que você deveria menos desgaste físico, mas ficou claro que qualquer promotor veria nele uma oportunidade de 'retorno' maior do que o retorno de Elvis em 68. Isto não parece uma má ideia a princípio, mas a rigidez dos prazos e a falta de respeito pelo artista dinamitaram o que poderia ter sido uma retirada digna dos palcos.
33- Por que você acha que a morte dele foi tão difícil para tantas pessoas?
Quer gostássemos ou não, a sua música e a sua imagem estiveram conosco durante muitos anos. Quando ele morreu, muitas pessoas foram ativadas nesse canto da memória onde havia uma memória associada a ele. Também nos deu a sensação de que alguém assim nunca pode perder, que ele é um deus do Olimpo. E, finalmente, há a legião mundial de fãs que têm desfrutado quase diariamente, parte de nossas vidas diárias, vivíamos à espera de notícias de um novo álbum, um novo concerto, ou apenas sentíamos que ele merecia dar um tempo e se dedicar a ver seus três filhos crescerem. Uma morte prematura sempre surpreende e magoa, mas com isso, se foi também uma boa parte de muitas pessoas.
34- Como você acha que MJ será lembrado nas próximas décadas?
Como um dos últimos grandes artistas e ícones da história do entretenimento. Como alguém que tentou fazer milhões de pessoas felizes e ele conseguiu, mesmo à custa de sua própria felicidade. Como uma pessoa que quebrou moldes e barreiras raciais. Como um exemplo de compaixão e humanidade. Pelo menos é assim como ele deveria ser lembrado.
35- Você se sente feliz por ter coincidido ao mesmo tempo histórico com Michael Jackson?
Todos os dias da minha vida. Toda vez que vejo crianças vestidas como ele, imitando suas coreografias ou a participar de seus tributos, não posso deixar de me sentir feliz por elas... elas não se deixaram contaminar pelas modas do momento e estão apreciando um cara que começou a cantar com a idade que elas têm agora, mas no século passado, misturado com a tristeza de saber que elas serão capazes de senti-lo, mas nunca vê-la.
Hoje nascerão as crianças que se tornarão entusiastas de Mozart, que faleceu há mais de duzentos anos atrás e nunca surgirá a oportunidade de ter coincidido em seu contexto histórico, mas e sobre todas aquelas pessoas que conheceram Michael Jackson em 2009? Estas nunca removerão o mau gosto em suas bocas de terem estado lá e de tê-lo perdido por tão pouco tempo.
36- O que você diria para alguém que pensa que MJ é superestimado?
Eu diria que, no meu modo de pensar, MJ ainda está subvalorizado. Com um pouco de sorte e fatos sobre a mesa, poderíamos negociar até nos aproximarmos. Coincidentemente hoje aconteceu comigo. Um perfil do Facebook focado na nostalgia dos anos 80 lembrou a capa do álbum Bad (1987). O comentário de um dos usuários foi que MJ foi superestimado e que ele o considerava apenas um cantor, não um compositor. Das onze músicas do álbum, nove são compostas por Michael Jackson. Façam críticas com base, por favor.
37- Até que ponto você consegue se emocionar com algumas de suas músicas ou vídeos?
Depende do meu humor quando ouço certas músicas. A mesma música ou vídeo pode causar diferentes sensações dependendo do momento, embora eu tenha ouvido milhares de vezes, eu sempre posso desfrutar de nuances que ainda estimulam ou despertam alguma memória relacionada a elas.
Durante as horas de trabalho eu costumo ouvir música. Há sempre um parceiro que me pergunta por que eu quase nunca ouço música de Michael Jackson, quando eles sabem que ele é meu ídolo. Bem precisamente por causa disso. Uma coisa é ''ouvir música'' e outra bem diferente é ''escutá-la'', o que eu prefiro fazer em particular. Você apreciaria caviar se você comesse todos os dias?
38- Como surgiu a ideia do seu livro "Michael Jackson; magia em movimento. Através de filmes e videogames"?
"Toni, algum dia você deveria escrever um livro sobre o MJ". Eu perdi a conta das vezes que ouvi essa frase. Não posso negar que não tinha estado na minha cabeça, mas a falta de tempo principalmente e a falta de um tema específico, me fez desprezar a ideia como ela veio. No entanto, um dia, um editor que participou do fórum que eu gerenciei, o HideOut Michael Jackson, entrou em contato comigo porque eu queria publicar um livro sobre o artista em sua Applehead Team Creaciones.
O problema é que a editora está focada principalmente no cinema, e a mudança de Michael para o cinema não foi exatamente um grande feito digno de encobrir um volume para a história. É a primeira coisa que eu disse. Michael participou de The Wizard (1978) tocando Scarecrow nesta versão afro-americana de The Wizard of Oz.
Ele também fez um curta em 3D para os parques da Disney e seu próprio filme, esse video de 90 minutos intitulado Moonwalker. Deu um bom artigo, mas não encheu um livro.
Ele me desafiou a escrever 100 páginas. Eu aceitei. Afinal, os melhores amigos de Michael eram atores e atrizes de Hollywood, e sua visão cinematográfica da música o tornou famoso por usar argumentos em seus videos, ou curtas-metragens, como ele os chamava. Vários deles, a propósito, foram dirigidos por diretores de cinema. E isso sem contar as músicas que ele fez para trilhas sonoras ou sua paixão com reflexos de obsessão por fazer parte da sétima arte. Isso preencheria as 100 páginas, mas uma vez em uma poça eu comecei a mergulhar e excedeu as 400 páginas.
39- Você cavou muito ou teve todas as informações em sua cabeça?
Meio a meio. Basicamente eu tenho tudo na minha cabeça, mas o fato de que não havia livro com esse tema em nenhum país do mundo, eu apliquei uma responsabilidade adicional. Eu não queria falhar. Eu sempre tentei ser muito rigoroso sobre isso. Eu vivi lendo tanta desinformação sobre Michael que eu não queria cair em nenhuma armadilha. Tentando verificar tudo o que era possível, pesquisei e me aprofundei tanto quanto meus meios me permitiam.
Infelizmente, ser um autor espanhol inovador não abre muitas portas em círculos. E quando eu abri algumas, como em um estúdio em Los Angeles, eu não podia me dar ao luxo de viajar para fazer aquela entrevista. De qualquer forma, o livro está cheio de citações de seus correspondentes, de modo que, tanto quanto possível, não fui eu quem contou a história da qual obviamente não testemunhei, mas as pessoas envolvidas.
Nota do blog: O livro ''Magia En Movimiento Michael Jackson A Través Del Cine Y Los VideoJuegos'' pode ser conferido em detalhes neste vídeo
40- Você escreverá mais livros? Em quais tópicos?
A reação dos leitores a este primeiro livro foi incrível. Posso me gabar de que todas as críticas que recebi foram positivas e há muitas que me incentivaram a sentar e escrever novamente. Hoje eu não me vejo fazendo isso. Eu não vivo disso e não tenho tempo físico para realizar uma tarefa como essa.
39- Você cavou muito ou teve todas as informações em sua cabeça?
Meio a meio. Basicamente eu tenho tudo na minha cabeça, mas o fato de que não havia livro com esse tema em nenhum país do mundo, eu apliquei uma responsabilidade adicional. Eu não queria falhar. Eu sempre tentei ser muito rigoroso sobre isso. Eu vivi lendo tanta desinformação sobre Michael que eu não queria cair em nenhuma armadilha. Tentando verificar tudo o que era possível, pesquisei e me aprofundei tanto quanto meus meios me permitiam.
Infelizmente, ser um autor espanhol inovador não abre muitas portas em círculos. E quando eu abri algumas, como em um estúdio em Los Angeles, eu não podia me dar ao luxo de viajar para fazer aquela entrevista. De qualquer forma, o livro está cheio de citações de seus correspondentes, de modo que, tanto quanto possível, não fui eu quem contou a história da qual obviamente não testemunhei, mas as pessoas envolvidas.
Nota do blog: O livro ''Magia En Movimiento Michael Jackson A Través Del Cine Y Los VideoJuegos'' pode ser conferido em detalhes neste vídeo
40- Você escreverá mais livros? Em quais tópicos?
A reação dos leitores a este primeiro livro foi incrível. Posso me gabar de que todas as críticas que recebi foram positivas e há muitas que me incentivaram a sentar e escrever novamente. Hoje eu não me vejo fazendo isso. Eu não vivo disso e não tenho tempo físico para realizar uma tarefa como essa.
Uma das razões pelas quais eu concordei em embarcar em "Magic in Motion" foi o limite do tema. Algo que eu poderia controlar o começo e o fim. Se pudesse ser capaz de me dedicar a isso, gostaria de escrever uma biografia completa, escrevendo sobre sua música, etc, mas são tão esmagadoramente grandes temas, de volta ao mergulho na piscina, literalmente, e eu acabaria com o oxigênio muito antes de chegar ao fundo.
Livros foram escritos sobre os dois assuntos, mas, por definição, eles estarão sempre incompletos, e por mais extensos que sejam os meus, seriam igualmente incompletos, porque você pode sempre arranhar um pouco mais e contar aquele detalhe supérfluo que parece importante para você. Eu acabaria frustrado e preferiria evitar o descontentamento.
41- Algumas palavras para dizer adeus?
Estamos em 2018, já não escapa de ninguém o que pode ser conseguido pela manipulação da mídia quando se trata de modificar a opinião do povo. Eu gostaria que os leitores refletissem agora sobre este tópico, já que possivelmente 90% das notícias que chegaram a eles sobre Michael Jackson durante décadas foram o que agora tem sido chamado de ''Fake News''. Muitas pessoas encheram seus bolsos com elas, e muitas pessoas têm uma opinião errônea ou baseada em premissas falsas. A única realidade está em seu trabalho. Ouça sem preconceito.
Por último, mas não menos importante, para agradecer ao site Can It Be All So Simple (CIBASS) por dedicar um espaço em seu blog com conteúdo interessante e leitores interesse suficiente para ter chegado ao fim.
Tradução: Rosane / Cartas para Michael
Fonte: http://canitbeallsosimple.com
Livros foram escritos sobre os dois assuntos, mas, por definição, eles estarão sempre incompletos, e por mais extensos que sejam os meus, seriam igualmente incompletos, porque você pode sempre arranhar um pouco mais e contar aquele detalhe supérfluo que parece importante para você. Eu acabaria frustrado e preferiria evitar o descontentamento.
41- Algumas palavras para dizer adeus?
Estamos em 2018, já não escapa de ninguém o que pode ser conseguido pela manipulação da mídia quando se trata de modificar a opinião do povo. Eu gostaria que os leitores refletissem agora sobre este tópico, já que possivelmente 90% das notícias que chegaram a eles sobre Michael Jackson durante décadas foram o que agora tem sido chamado de ''Fake News''. Muitas pessoas encheram seus bolsos com elas, e muitas pessoas têm uma opinião errônea ou baseada em premissas falsas. A única realidade está em seu trabalho. Ouça sem preconceito.
Por último, mas não menos importante, para agradecer ao site Can It Be All So Simple (CIBASS) por dedicar um espaço em seu blog com conteúdo interessante e leitores interesse suficiente para ter chegado ao fim.
Tradução: Rosane / Cartas para Michael
Fonte: http://canitbeallsosimple.com
