"Captain EO foi um projeto muito especial para mim em uma época em que a Disney estava explorando o entretenimento para um público adolescente. Na época havia dois grandes sucessos ao redor do mundo: Michael Jackson e Star Wars.
O que mais me emocionou no início foi a mudança de Michael quando ele entrou em cena. Me recordo da primeira vez que o vi - antes de começar a filmar - sua voz era muito doce e calma. Ele parecia um homem delicado. Mas no momento em que o a música começou e ele começou a dançar e cantar, ele se tornou um gigante. Honestamente, foi um grande choque para mim... algo muito único.
Me lembro de uma história... um fim de semana, durante as filmagens, fui com minha família para a Disney. Um dos meus filhos era fã do filme Pinóquio, encontrei uma pequena figura de Pinóquio e do Grilo e comprei. Michael gostava e comprei uma para ele também. Na manhã seguinte, quando fui ao estúdio, vi sua assistente e pedi que ela lhe desse o pequeno presente. Dois minutos depois, Michael correu pelo estúdio tão satisfeito e me pediu para assiná-lo, o que me deixou mais do que feliz.
Michael era uma pessoa muito normal, ele não agia como uma estrela. Ele estava mais preocupado com sua dança e sua música. Ele era muito preciso, consciencioso e também um bom ator.''
Por Vittorio Storaro, renomado diretor de fotografia italiano, que trabalhou em filmes como O Último Tango em Paris, O Último Imperador, Apocalypse Now e O Homem e Seu Sonho.
Fonte: Perspectives on MJ,