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| Espanha, 1996 |
O noticiário da rádio anuncia que o voo sofreu um atraso, então eu tenho esperanças de chegar ao Boston Hotel aonde ele vai se hospedar.
Eu trabalhava em uma aldeia a cerca de oito km da cidade e podia contar somente com o transporte público, o que tornava mais difícil chegar tempo. Não é que fosse tão longe, mas até o hotel eu teria que tomar vários ônibus.
O atraso na chegada do avião e o seu recebimento no aeroporto me permitiram chegar em tempo ao hotel e experimentar toda a atmosfera com a chegada do rei.
Eu estava com o meu irmão, havia uma multidão e todos estavam ansiosos. Ninguém sabia de onde viria o carro com Michael.
Se escutavam as sirenes da polícia, as pessoas gritando e empurrando. Os membros da polícia nacional nos afastaram da porta principal e formaram um cordão com suas mãos. Um carro com vidros escuros deixou o então Conselho de Cultura de Zaragoza - o principal responsável pela vinda de Michael!
Aqui estava! Um guarda-chuva branco e um alojamento do exército russo, o tempo parou e eu sabia que nunca teria a oportunidade de chegar mais perto de meu ídolo. As pessoas se empurravam e a polícia não podia com tanta histeria, por isso não se preocuparam em me parar porque eu estava quieta, então eu cruzei os fios e passei por baixo dos braços da polícia e comecei minha corrida.
Então ele me viu. Colocou a sua máscara e estendeu sua mão esquerda em direção a mim - de outra forma eu jamais o teria alcançado - e eu lhe disse EU TE AMO MICHAEL. Olhando nos meus olhos, Michael apertou suavemente a minha mão com a sua mão terna.
Sim, ele tinha a palma da mão macia, os dedos delgados, e me deixou um odor que eu nunca tinha cheirado e que durou até o dia seguinte, apesar de eu ter lavado as minhas mãos.
Eu me recordo como se eu estivesse lá agora mesmo. Seu olhar era tranquilo e intenso... parece mentira as coisas que você pode perceber em poucos segundos, então... algo me sufocava e não, não era esse sentimento que você tem quando você está emocionada e prestes a chorar, era um inferno de um policial nacional.
Eu me afastou do carro e eu pensei que ele fosse me dar um tiro e lhe disse ''Calma, eu não vou fazer nada..'' Ele disse: "Vai garota, segue adiante'' e me deu um empurrão de leve de volta para o grupo dos fãs. Eu estava com a camisa rasgada e os óculos de sol quebrados, porém, a mais contente do mundo.
Depois, gritos, corridas, músicas... eu era uma dessas que aparecem nos documentário de Michael Jackson. De fato saí em várias notícias nacionais, MTV News, na reportagem da MTV em VIVA: A Fabulosa Vida de Michael Jackson e no concerto no Madison Square Garden no show Michael Jackson - The Solo Years: 30th Anniversary Celebration, onde o Jackson Five se reuniu para celebrar os 30 anos da carreira solo de Michael Jackson.
Nunca esquecerei e ainda que pareça maluco alguém adulto falar assim.. EU TE AMO MICHAEL.
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Esta foto é de alguns segundos antes da minha corrida, quando Michael estava fora do carro. Dizia-se que ele entraria por uma porta dos fundos ou usaria um dublê, mas não foi assim, ele entrou pela porta da frente e era o verdadeiro.
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Este é o momento em que Michael vê que eu estou olhando para ele e ele olha para mim. Ele confere a sua máscara e estende a sua mão para mim.
Todas essas imagens que parecem iguais têm grande valor para mim, porque registraram os momentos únicos de tocar o meu ídolo e, apesar de eu ter minhas próprias imagens gravadas em minha memória, estas me ajudam a recordá-lo.''
Nota do blog: Esse depoimento foi escrito pela editora do site espanhol Michael Jackson Music and Me e ela assina sob o pseudônimo de Music and Me.
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Fonte: http://michaeljacksonmusicandme.blogspot.com.br
