Nos bastidores do vídeo ¨One More Chance¨


"Nós não estávamos mesmo preparados para ele sair", diz Juliette Myers. "Estávamos em pé na arquibancada e eu estava conversando com alguém e, de repente, ouvi aplausos. Eu olhei para cima e ele estava lá. É estranho como você nem percebe o quão poderoso ele é, até que ele esteja lá. É como uma presença. Eu não conseguia parar de gritar. Eu tentei ser profissional, mas não funcionou. Estávamos todos gritando e tenho certeza de que ele sabia que ia ter fãs assim, ele nos deu um tempo para abraçá-lo e, então, começou a trabalhar."

"Eu acho que eles nos disseram que ele não estava indo para lá, porque queriam ver as nossas reações no filme, quando ele começasse a dançar", diz Ken Yesh. "Ele começou a gravar as sequências, caminhando por entre as mesas na boate, subindo no palco, cantando, pulando entre as mesas e cadeiras - e eu estava olhando para todos os outros e os seus rostos estavam como o meu. Era apenas descrença."


"Foi incrível", lembra Juliette Myers. "Parte da nossa reação deveria ser de choque, mas era real. Nós estávamos apenas como 'Oh meu Deus, ele está aqui. Este é ele, na vida real. Ele está bem na nossa frente.' Ele fez um movimento de pé sobre uma mesa a nossa frente e era como... 'Uau, aqui está. Foi com ele que nós crescemos.''

''Todo mundo tinha um sorriso permanente em toda a sua face. Eles não podiam acreditar. Acho que todos nós entendemos o que significava. Estávamos na presença de um dos melhores artistas de sempre na face da Terra. Quero dizer, quem tem a chance de fazer algo assim?"

"Foi como ver Elvis tocar ao vivo, ou os Beatles", concorda Steve McClelland. "Você tem uma lenda se apresentando à sua frente. Foi mágico. Todos aqueles boatos sobre ele ter passado, se mostraram completamente infundados. Ele ainda era perfeitamente capaz. Ele era verdadeiramente mágico. Verdadeiramente abençoado.''

"Fiquei extremamente surpreso com o quão humilde ele foi", acrescenta Ken Yesh. "Mas quando a câmera começou a rolar e a música começou a tocar, foi como a eletricidade. O cara era completamente incrível. Ele repetiria a mesma sequência de dança cinco ou seis vezes, sem problemas."

"Michael tinha a fala mansa e era reservado'', confirma um membro da equipe. ''Mas quando as câmeras começaram a gravar, ele se tornou Michael Jackson instantaneamente. Os movimentos e as caminhadas e tudo, era apenas Michael Jackson por completo. Foi incrível. Eu me lembro dele saltar para cima de uma mesa e fazer uma rotação em um ponto e suas mãos se levantaram no ar, e aquilo era simplesmente 100% puro Michael Jackson. Eu nunca vou esquecer.''

Depois de realizar a rotina de cinco ou seis vezes em cerca de três horas, Michael Jackson preparou-se para sair.

"Ele foi muito gentil com todos os figurantes", diz um membro da equipe. "Quando ele estava saindo, ele deu um grande adeus a eles e lhes agradeceu por todo seu trabalho duro. Ele era um cavalheiro."

"Ele não apenas saiu e partiu", diz Juliette Myers. "Ele disse respeitosamente 'obrigado'. Eu nem sei pelo o que ele estava agradecendo, apesar de tudo." Ela ri. "Ele era a estrela. Éramos apenas os figurantes.''


Nota do blog Foi em meio ás gravações desse video que Michael recebeu a notícia que o rancho Neverland havia sido invadido pela polícia, em uma jogada do promotor Tom Sneddon. 

Fonte: http://www.charles-thomson.net