¨Era para ser a grande história do sonho americano. O menino negro e pobre que chegou ao topo do mundo... mas virou uma tragédia do pesadelo americano. Hoje sabemos que Michael Jackson, o gênio da arte popular, por incrível que pareça, não nasceu para vender álbuns e fazer shows. Ele nasceu para algo muito maior. Nasceu para ser o mártir do nosso tempo.
O dia 18 de novembro de 2003 foi apenas o ápice do que Michael vem nos ensinando por muito tempo. Por um lado, Michael existe para nos mostrar o quanto julgamos mal o que não podemos compreender, o quanto narciso acha feio o que não é espelho.
Por outro lado, Michael existe para levar ao extremo a triste marca registrada de nossa sociedade: transformamos a vida em um grande espetáculo vazio para a mídia, onde não importam nem a verdade nem os sentimentos dos envolvidos. Comemos pipoca vendo as aventuras de Michael Jackson com a polícia na sessão da tarde. Simplesmente, nos sentimos no direito de vigiar a vida alheia; vigiar e julgar, eis os pilares de nossa sociedade!
Em um exemplo de raro bom senso, li a seguinte mensagem em um fórum dedicado a automobilismo que também foi tomado pela discussão do caso: "Que me importam os supostos problemas sexuais de Michael Jackson? Em que afeta minha vida? Isto diz respeito apenas a ele, à justiça local e à comunidade que há em torno dele, não a mim". Nada mais simples e verdadeiro! No entanto, nada mais contrário ao que temos presenciado.
O caso em si só deveria interessar a Michael Jackson e àqueles que o amam, mas a reflexão sobre a repercussão do caso é, ela sim, de interesse geral. Mostra que nos transformamos em abutres ansiosos por consumir a carniça de alguém. Não há uma semana em que uma tragédia da vida privada não apareça para nos saciar.(...)
Nós, os fãs de Michael, somos aqueles que se levantam e dizem: Basta! Não foi por acaso, ou apenas pelo advento da internet, que a comunidade de fãs surgiu depois de 1993. Foi porque nós compreendemos o que 93 significou para o mundo, e não apenas para a vida de Michael Jackson. Nós compreendemos que, em 93, tentaram nos dizer que não há pureza e inocência no mundo, que diferença é perversão. Tentaram nos dizer que a vida humana pode ser vendida e desrespeitada.
Em um exemplo de raro bom senso, li a seguinte mensagem em um fórum dedicado a automobilismo que também foi tomado pela discussão do caso: "Que me importam os supostos problemas sexuais de Michael Jackson? Em que afeta minha vida? Isto diz respeito apenas a ele, à justiça local e à comunidade que há em torno dele, não a mim". Nada mais simples e verdadeiro! No entanto, nada mais contrário ao que temos presenciado.
O caso em si só deveria interessar a Michael Jackson e àqueles que o amam, mas a reflexão sobre a repercussão do caso é, ela sim, de interesse geral. Mostra que nos transformamos em abutres ansiosos por consumir a carniça de alguém. Não há uma semana em que uma tragédia da vida privada não apareça para nos saciar.(...)
Nós, os fãs de Michael, somos aqueles que se levantam e dizem: Basta! Não foi por acaso, ou apenas pelo advento da internet, que a comunidade de fãs surgiu depois de 1993. Foi porque nós compreendemos o que 93 significou para o mundo, e não apenas para a vida de Michael Jackson. Nós compreendemos que, em 93, tentaram nos dizer que não há pureza e inocência no mundo, que diferença é perversão. Tentaram nos dizer que a vida humana pode ser vendida e desrespeitada.
Nós, que fundamos sites e fóruns pelo mundo desde então, e que saímos às ruas quando foi preciso, fizemos isso para dizer: NÃO! Nós acordamos no dia de hoje com o vivo sentimento de que somos muito mais do que um fã clube preocupado com as vendas do novo CD do ídolo.
Nós fomos forçados a nos lembrar que não temos só um ídolo. Nós temos no cidadão chamado Michael Jackson a nossa causa. A violência da sociedade contra ele nos atinge porque atinge, antes de mais nada, nossos princípios. Neverland não é uma casa qualquer. É o templo de nossa filosofia de vida que foi profanado.
Nosso líder foi, mais uma vez, humilhado e perseguido. E nós, nós não vamos lutar por um pedaço de terra e por uma pessoa. Nós vamos lutar mais uma vez pelo que essa terra e essa pessoa significam: LIBERDADE, AMOR e VERDADE!
Andréa Luisa Bucchile Faggion
Fonte: MJBeats - postado originalmente em novembro de 2003
Nosso líder foi, mais uma vez, humilhado e perseguido. E nós, nós não vamos lutar por um pedaço de terra e por uma pessoa. Nós vamos lutar mais uma vez pelo que essa terra e essa pessoa significam: LIBERDADE, AMOR e VERDADE!
Andréa Luisa Bucchile Faggion
Fonte: MJBeats - postado originalmente em novembro de 2003