Esses diálogos entre Michael e o Rabino Shmuley Boteach
foram gravados entre agosto de 2000 e Abril de 2001.
Parte 03 - O talento musical
SB: Deixe-me te perguntar uma coisa. Isso é o que faz de você único - que você é talentoso além do limite. Negros têm mais ritmo do que brancos? Quando você fala de dança e tudo mais, é como uma piada, mas não é só uma piada que brancos não tenham ritmo. Quando você fala, assim, o ritmo natural e tudo mais e do jeito desses jovens negros no gueto, o jeito que eles dançam, você sempre fala sobre isso. É como se fosse natural. Você sempre vê isso por aqui em Manhatan? Esses jovens que fazem música nas ruas. É incrível!
MJ: É incrível, e é natural. Eles tem esse ritmo natural que ninguém consegue explicar. É um talento natural.
SB: Você vê brancos com esse talento?
MJ: Não é a mesma coisa e eu não estou dizendo por dizer...
SB: Mas o senso de tempo...
MJ: Stan sempre me dizia, e ele ia em todos os clubes de negros. Ele sentava no Teatro Apollo e chamava isso de Cut-time rhythm. Ele disse que tinha que ter o ritmo negro, então ele saía com os negros para pegar esse cut-time rhythm [ Michael faz sons]. Sabe, isso é o que rappers fazem agora - eles usam cut-time rhythm (ritmo de tempo cortado). Isso é uma coisa de ritmo natural.
SB: Isso reflete no ritmo interior deles?
MJ: Sim, sim. Mas você pega uma criança negra e tem um ritmo de adulto, como um verdadeiro dançarino. É apenas uma habilidade natural, sabe?
SB: Sem tentar penetrar profundamente nisso, tradicionalmente, a África é mais como uma criança do que a Europa. A Europa se encheu de orgulho na sofisticação, nos perfumes e roupas elegantes. A África foi descartada como ' mais primitiva', mas por conseguinte muito mais natural, mais orgânica. Eles eram muita mais próximos da terra. Então, poderia ser que eles nunca se separaram de seus ritmos naturais?
MJ: Mas como isso se tornou genético?
SB: Eu não sei.
MJ: Você poderia colocar uma criança escocesa ou irlandesa na mesma situação, deixar que nascessem na África entre aqueles...
SB: Bom, esse é todo um assunto sobre Elvis, certo?
MJ: Elvis sempre estava com negros.
SB: E ele adquiriu aquele ritmo, certo?
MJ: Sim, ele adquiriu aquele ritmo, ele queria executar passos, ele falava como negro e agia como negro. Nós conhecíamos Elvis muito bem e Lisa Marie e eu sempre falamos sobre como...
SB: Ele não foi um homem branco, você não acha que teria tido tanto êxito, certo?
MJ: Nem de perto. Nem de perto, porque era esperado dele. Se lembra do slogan que Philips, que tinha a Sun Records, disse "Se eu encontrasse um branco com o som de um negro, eu poderia ganhar um milhão de dólares" e apareceu Elvis Presley.
SB: Agora, você fez uma pergunta incrível: "Como isso se torna inato, sabe?" E principalmente a ciência hoje não acredita em adquirir características. Você não consegue transmitir características para um filho que você adquiriu ao longo da vida. Então, se você tem um grande talento musical, você irá passá-lo a Prince. Mas se alguém te ensinou, você não pode passar para Prince. Ele tem que aprender sozinho. Não está nos genes.
MJ: Sim, sim.
SB: Quando eu estava na minha competição de pregação no primeiro ano, eu fiquei em segundo, eu perdi para um pregador caribenho e éramos tão próximos. Eu perdi por uns 3 pontos de 103 e todos disseram, "Ele tinha senso de tempo, você não." Ele sabia como esperar, sabe como um pregador deve construir. E todos os meus amigos me disseram "Shmuley ele tinha ritmo." [ambos rindo]
MJ: Mas você é incrível.
SB: Não, mas ele tinha mesmo. Eu te disse, os pregadores negros são os melhores do mundo. São os melhores oradores. Olhe para Martin Luther King. Não há ninguém...
MJ: Eu choro quando ouço ele falar. Chego a soluçar.
SB: Ou mesmo Jesse Jackson, ou alguns dos pregadores aqui. Reverendo Floyd, aqui em Manhattan, deve ser os melhores do país...
MJ: Mas você é tão eloqüente. Quero dizer, você pinta quadros com suas palavras e faz pensar. Você alcança tudo. É brilhante.
SB: Mas é sobre ser movido pelo espírito e crianças são movidas.
MJ: Mas de onde você pega as palavras?
SB: Sabe, eu estava descrevendo no livro o que aconteceu na sexta a noite quando você veio jantar em nossa casa. Foi fascinante.
MJ: O que aconteceu?
SB: Todos nós, adultos, começamos a jantar e você subiu para brincar de esconde-esconde. E você foi como o Flautista de Hamelin, as crianças foram até você, imediatamente. Pouco a pouco... os adultos foram para o terceiro andar, para o segundo andar. Eles sentiram mesmo que estavam perdendo alguma coisa, por que todos estavam se divertindo e eles não. Eles estavam conversando sobre política. Foi como o Flautista de Hamelin, e eles queriam fingir que estavam subindo por causa das crianças.
MJ: Eu adoro quando os seus amigos te atacam... Eu adoro isso! Eu adoro quando eles fazem isso.
Fonte: The Michael Jackson Tapes by Rabbi S. Boteach
SB: Você vê brancos com esse talento?
MJ: Não é a mesma coisa e eu não estou dizendo por dizer...
SB: Mas o senso de tempo...
MJ: Stan sempre me dizia, e ele ia em todos os clubes de negros. Ele sentava no Teatro Apollo e chamava isso de Cut-time rhythm. Ele disse que tinha que ter o ritmo negro, então ele saía com os negros para pegar esse cut-time rhythm [ Michael faz sons]. Sabe, isso é o que rappers fazem agora - eles usam cut-time rhythm (ritmo de tempo cortado). Isso é uma coisa de ritmo natural.
SB: Isso reflete no ritmo interior deles?
MJ: Sim, sim. Mas você pega uma criança negra e tem um ritmo de adulto, como um verdadeiro dançarino. É apenas uma habilidade natural, sabe?
SB: Sem tentar penetrar profundamente nisso, tradicionalmente, a África é mais como uma criança do que a Europa. A Europa se encheu de orgulho na sofisticação, nos perfumes e roupas elegantes. A África foi descartada como ' mais primitiva', mas por conseguinte muito mais natural, mais orgânica. Eles eram muita mais próximos da terra. Então, poderia ser que eles nunca se separaram de seus ritmos naturais?
MJ: Mas como isso se tornou genético?
SB: Eu não sei.
MJ: Você poderia colocar uma criança escocesa ou irlandesa na mesma situação, deixar que nascessem na África entre aqueles...
SB: Bom, esse é todo um assunto sobre Elvis, certo?
MJ: Elvis sempre estava com negros.
SB: E ele adquiriu aquele ritmo, certo?
MJ: Sim, ele adquiriu aquele ritmo, ele queria executar passos, ele falava como negro e agia como negro. Nós conhecíamos Elvis muito bem e Lisa Marie e eu sempre falamos sobre como...
SB: Ele não foi um homem branco, você não acha que teria tido tanto êxito, certo?
MJ: Nem de perto. Nem de perto, porque era esperado dele. Se lembra do slogan que Philips, que tinha a Sun Records, disse "Se eu encontrasse um branco com o som de um negro, eu poderia ganhar um milhão de dólares" e apareceu Elvis Presley.
SB: Agora, você fez uma pergunta incrível: "Como isso se torna inato, sabe?" E principalmente a ciência hoje não acredita em adquirir características. Você não consegue transmitir características para um filho que você adquiriu ao longo da vida. Então, se você tem um grande talento musical, você irá passá-lo a Prince. Mas se alguém te ensinou, você não pode passar para Prince. Ele tem que aprender sozinho. Não está nos genes.
MJ: Sim, sim.
SB: Quando eu estava na minha competição de pregação no primeiro ano, eu fiquei em segundo, eu perdi para um pregador caribenho e éramos tão próximos. Eu perdi por uns 3 pontos de 103 e todos disseram, "Ele tinha senso de tempo, você não." Ele sabia como esperar, sabe como um pregador deve construir. E todos os meus amigos me disseram "Shmuley ele tinha ritmo." [ambos rindo]
MJ: Mas você é incrível.
SB: Não, mas ele tinha mesmo. Eu te disse, os pregadores negros são os melhores do mundo. São os melhores oradores. Olhe para Martin Luther King. Não há ninguém...
MJ: Eu choro quando ouço ele falar. Chego a soluçar.
SB: Ou mesmo Jesse Jackson, ou alguns dos pregadores aqui. Reverendo Floyd, aqui em Manhattan, deve ser os melhores do país...
MJ: Mas você é tão eloqüente. Quero dizer, você pinta quadros com suas palavras e faz pensar. Você alcança tudo. É brilhante.
SB: Mas é sobre ser movido pelo espírito e crianças são movidas.
MJ: Mas de onde você pega as palavras?
SB: Sabe, eu estava descrevendo no livro o que aconteceu na sexta a noite quando você veio jantar em nossa casa. Foi fascinante.
MJ: O que aconteceu?
Fonte: The Michael Jackson Tapes by Rabbi S. Boteach